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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

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Mensagem por Xinx Qua Set 14, 2011 8:18 pm

Amy parou com um susto e ouviu tudo o que Nagi disse, extremamente frustrada.
Até que ele deu uma oportunidade... que foi quebrada imaediatamente com a frase "Não vale mentir, Amy!"

"Mimimi. Como se eu fosse mentirosa." - cruzou os braços e amarrou a cara.

Viu o segurança se afastar, e a quantidade de gente que provavelmente iria atrás dos responsáveis pelo incêndio era muito grande, seria quase desnecessária ali.

A loira ficou com o coração apertado ao ver Izanagi entrar no casarão em chamas.

"Seu dever é NOS proteger. Não se matar fazendo coisas perigosas." - ela pensou, fechando os olhos por um instante, e começou a correr de volta para onde estava o Rocinante. A Cisne ia defender o alazão, mas mesmo assim...

As três enormes sombras em volta do Jaguar, que por sua vez estava defendendo o Rocinante. Como assim? Talvez fossem os dragões que Appacho estava a anunciar, ou alguns malfeitores que ela já conhecia.

Viu quando Appacho jogou a machadinha em direção a um deles. Foi aí que apressou-se. Não queria perder um segundo sequer daquela treta.

-----x-x-x------

As aspas demonstram os pensamentos da Amy, ok? q
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Mensagem por White Sáb Set 17, 2011 7:35 pm

Arata parou de correr mesmo antes de chegar à entrada do casarão quando um cavalo se meteu à sua frente...com Nagi sobre ele cujo parecia meio zangado.
“Vocês são bombeiros, por acaso? =3= Quem for, pode passar. Quem não for, fica aqui. E não vale mentir, Amy! u_ú”
- Vocês? Amy? - Foi então que ao virar-se atrás viu que não tinha sido o único a lembrar-se de ir para o casarão. Sua sobrancelha tremeu. - Vocês... - Até Isabel tinha o seguido...

Ouvia com atenção o que Nagi falava. Então se o fogo tinha começado no fundo do casarão...talvez os culpados ainda estivessem lá.
"Deixa que eu vejo se tem alguém lá dentro. Vocês pegam o culpado e enchem ele de porrada. Ok?"
- Obrigada, Nagi-san! Estarei contando com você! - Sorriu, e então começou a correr em direcção aos fundos do casarão. Não sabia quem das pessoas que estavam ali presentes iriam com ele, e quem iria voltar para trás.

E então os viu. Duas figuras sentadas calmamente debaixo de uma das árvores ali perto.
- Vocês de novo... - Falou com uma voz grave e meio quebrada, estalando os dedos e o pescoço.
"Fogueiras não são maravilhosas? ~"
- Maravilhosa será sua cara depois de você apanhar seu merda! - Exclamou furioso. - O que você acha que está fazendo?! Eu espero bem que ninguém saia ferido dessa sua "brincadeirinha" ou eu te mato mesmo!

---------
Off: Não quero partir já para a porrada porque yeah...Convém saber quem foi com o Arata. xDD
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Mensagem por Cáh-chan Sex Set 23, 2011 4:34 pm

~Ryou~

- Acho que sim... – Ryou suspirou, em movimentos sutis aproximando a mão do focinho do cavalo, num carinho leve. – Temos que dar um jeito de tirá-lo daqui, e rápido. Alguma ideia?
O vocalista praticamente ignorou a existência da Cisne das Sombras ali, olhando de soslaio para o Jaguar. Mas que...
- Porra. – O vocalista resmungou, passando a mão atrás da nuca. – Não sei porque não estou surpreso com isso. – Revirou os olhos, colocando-se a frente do Rocinante, para também protegê-lo, atento a qualquer movimento dos inimigos, em posição para lutar. – Parece que a passarinho ama aparecer em momentos inconvenientes. Também está por trás desse incêndio? – a usual expressão fria em seu rosto aparecia com um olhar de raiva direcionado aos três cavaleiros. – Eu não vou deixar que toque no Rocinante. Uma garota mimada que tenta métodos sujos para domar um animal não é digna de ser chamada de cavaleira. E quem a segue está numa situação ainda mais crítica de falta de neurônios. – Seus olhos azuis passaram de relance por Appacho, sorrindo de lado minimamente num ar sacana, sem denunciar o colega. Fosse o que fosse, ia proteger aquele animal das mãos de qualquer um que tentasse machucá-lo. E dessa vez, não havia nada para impedir que aquele confronto fosse iniciado.

~Ai~

- Nagi... – um sorriso se formou entre os lábios da loira assim que ouviu o maior comentar da “distração” na qual ele estava. – Valeu. Pode deixar conosco. Eu me responsabilizo pela segurança dos membros! E... Não ouse se machucar, ou eu trato de te arrebentar na pancada. – falou, brincalhona, mas ao mesmo tempo, sério. Não queria ver o segurança machucado de maneira alguma.
No maior pique, correu em direção ao foco do incêndio, dando de cara com os responsáveis por aquilo.
Os olhos azuis da garota lotaram-se de ódio tão logo a boca do pombo se abriu, mostrando uma frieza e aura negativa bem mais assustadora do que o seu normal. Se estava com raiva? Não era uma pergunta necessária de ser feita. Já não bastava a roupa de índia, agora ainda tinha que aturar dois idiotas atrapalhando seu momento de relaxar com Glein, e causarem um desastre... Seus punhos realmente latejavam pra quebrar aquelas duas criaturas!
- Ora, ora, é mesmo um lindo serviço! Vai ficar ainda mais bonito quando tiver um delicioso churrasquinho de pombo e um cachorro “no” fogo! – sorriu falsamente, estralando o pescoço e os punhos enquanto caminhava lentamente em direção aos dois, parando a uma distancia considerável. – Vão fugir de novo? Se forem, aviso que vou atrás de vocês até o inferno, e vou quebrar osso por osso de vocês! Agora... Você. – apontou o cachorro de fogo, logo indicando com o dedo para que viesse até ela, num desafio. – Se quer proteger o resto de dignidade que você tem como homem, e o rosto da criança ai – indicou o pombo com a cabeça. – Lute comigo.

--------------------------------

[Off: Não sei se onee-sama já avisou, mas estou de castigo @_@ dei uma passada correndo pra postar, e ficou fail. Meu pai deve voltar em alguns minutos, então eu corri master pra fazer em 30 minutos e... Bom... Erros, onegai, avisem-me. Fanf, realmente, desculpa pela confusão e pela demora, viu? ><~ ]
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Mensagem por Hikari~* Sex Set 23, 2011 11:15 pm

Olha, precisava dar créditos a Nagi. Pela primeira vez uma ação dele que realmente merecia seu respeito.

Nagi escreveu:“Alexia, põe juízo na cabeça desse povo. Só precisa de uma pessoa pra ver se tem alguém lá dentro, e o meu trabalho é ficar com essas partes perigosas. Hunf."

- Eu só vim porque queria parar o Arata. Não vi os outros brotarem do nada. Pelo visto a falta de neurônios nessa banda é preocupante. - jogou algumas mechas para trás, fechando brevemente os olhos. Daquela distância já dava para sentir bem a intensidade do calor.


Isabel deu um sorriso tímido, mas confiante a Arata assim que seus olhares se encontraram. Também não tinha reparado na aproximação dos outros, mas ficava aliviada por Nagi tê-los impedido a tempo.

Nagi escreveu:"... a entrada ainda não tá pegando fogo.", apontou o casarão com um movimento de cabeça. "O que quer dizer que o incêndio começou nos fundos. Se vocês querem tanto assim se arriscar..."

Se virou de costas para eles, cruzando os braços.
"... aproveitem que eu estou distraído, olhando em outra direção... e vão lá procurar quem fez isso. Fogaréu súbito assim geralmente é proposital. E o culpado não deve ter ido longe."

- Hum, não tinha pensado nisso. '-' - inclinou o tronco um pouquinho para o lado, tentando ver além dos outros, mais ou menos na curva que dava acesso à parte detrás do casarão.


- Uma teoria bem inteligente. Que bom, alguém aqui ainda pensa. - Alexia deu um sorrisinho de lado, usando um tom carregado de ironia. Admitam, a situação pedia. Ainda por cima teve que segurar uma risada nasal e mais carregada ainda de sarcasmo ao ouvir Ai. - Claaaro, porque com Ai do nosso lado nada nos acontecerá. Temam, ó poderosos inimigos. - revirou os olhos.

- Boa sorte, Nagi!! - Isabel acenou com incentivo, torcendo para que o amigo voltasse bem da missão perigosa de se infiltrar no meio daquele fogo para averiguar se havia alguém lá dentro.

A loira e a ruiva, assim como Arata e Ai, optaram em dar a volta pela construção em chamas. E tal qual não foi a surpresa quando se depararam com o Pombo dos Ventos e o Cachorro de Fogo. Bem, na verdade a surpresa maior foi para Isabel mesmo, porque à essa altura Alexia já não se surpreendia com mais nada.

- Isa, o que acha de uma sessão de castramento? Temos uma cobaia perfeita, não? - a compositora adiantou-se na direção do Pombo, já arregaçando as mangas da roupa indígena.

Uma gota surgiu na testa da guitarrista, mas ela sabia que Alexia tinha suas razões. E, sinceramente, apoiava.

- Vamos lá! ^_^v - e então se posicinou, pronta para lutar também.
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Mensagem por Bad Crow Qui Jan 26, 2012 7:39 pm

[Tudo Termina Esta Noite]
(Passo 1)

Ao ver as chamas se espalharem, Alicia se levantou, pegou seu arco, e correu à procura de seus colegas. Se os caras eram loucos o suficiente para atear fogo nas construções durante as festividades, não parecia exagero prevenir-se levando seu arco junto.

Pouco tempo depois de começar sua busca, a violinista encontrou seus amigos. Mas em vez de se juntar a eles logo de cara, ela preferiu ficar de tocaia, só pra prevenir, caso aparecessem mais convidados.

Apesar de estar escondida a uma certa distância, ela conseguia ouvir claramente o diálogo que ali se desenrolava. E não pôde evitar uma risada com o comentário da Alexia sobre castrar o Pombo.

""UAHUAHUAUAU!!" - ria internamente.
- Seu desejo é uma ordem! – disse baixinho, enquanto colocava uma flecha no arco.

Mirou por um tempo, mas não muito, apenas o suficiente pra garantir que não ia matar ninguém com uma bala perdida ao estilo rural. Então disparou a flecha, mirando um certo ponto entre as pernas daquele traste.

O sorriso do Pombo dos Ventos denunciava que ele estava prestes a dar alguma resposta sarcástica às ameaças que lhe eram feitas. A desenvoltura com que se portava fugiu de sua face, no entanto, quando aquela flecha o prendeu contra a árvore, quase acertando sua descendência ( *cofcof* ).

Pombo: Ç___Ç!!! Mas que p...?!!!


- AAAH, NUM ACREDITO QUE ERREI!!! – bradou a ruivinha, denunciando seu esconderijo.
Ao perceber que todos já sabiam onde ela estava agora, Alicia saiu de trás das moitas.
- Aiaiai... pelo menos prendi ele na árvore. - esboçou um sorriso sacana.

"......", o loiro fez uma careta de leve, suspirando e se forçando para longe da árvore. Sua calça indígena obviamente rasgou com o gesto, revelando uma cueca samba-canção e fazendo com que o rapaz pigarreasse.

"Não é lá o visual que eu tinha em mente para uma batalha final, mas..."


- HAUHAUauhauahuahUAHAUaAU!!! Depois dessa, eu vou é me sentar... Amigas, agora é a vez de vocês. Já tive minha vingança. – ela fez sinal de positivo.


***



O rapaz alto e moreno ergueu uma sobrancelha, suspirando por um momento ao ouvir as palavras de Ai. Estralou os dedos das mãos.
"Entendi, entendi. Não precisa demonstrar tanta hostilidade. Farei o que me pede."

Ergueu ambos os punhos, posicionando-os na frente do rosto.
"Não irei fugir, indiazinha."

Ai olhou de relance para Alexia, sorrindo falsamente.
- Melhor do que confiar numa anã de jardim que quase morre com alguns soquinhos, né? – revirou os olhos igualmente, antes de seguir rumo ao novo “campo de batalha”. Alexia realmente a tirava do sério. Queria que seu irmão parasse de ser tão paciente e a jogasse logo de um prédio... Mas isso significaria que ele iria preso por homicídio, então não era bom. Tinha que se controlar igualmente para não acidentalmente tacá-la no meio do fogo, porque seria uma perda enorme para a banda. Por mais difícil que fosse admitir que o trabalho que ela fazia era bom...

Agora, a concentração de Ai virava-se para a vontade de torcer o pescoço daquelas duas criaturas. Mais especificamente, para desafiar o que parecia mais forte entre os dois.
- Hostilidade? – soltou uma risada sarcástica, sorrindo de lado – Eu ainda nem mostrei a melhor parte, estava sendo tão carinhosa, poxa. – girou o próprio braço duas vezes, ajeitando o próprio ombro e estralando o pescoço. Indiazinha? Um sorriso forçado surgiu em seu rosto. Maldita fantasia.

- E nem poderia. – falou confiante, seus passos se acelerando na direção do adversário, já visando saltar em um chute na direção dos punhos do moreno.


Ele esperou, com surpreendente paciência para um lutador daquele porte. O chute da loira errou por pouco, uma esquiva na diagonal servindo para tirar o tórax do adversário da trajetória do golpe... enquanto o braço esquerdo do mesmo imitava o galho de uma árvore, ficando ali, esticado, no caminho do corpo da jovem Kurosaki.

Uma opção interessante de counter. Ao se chocar com aquele braço,
a garota girou no ar como se tivesse sofrido um acidente à cavalo, a força do próprio pulo sendo usada contra ela. Ai foi ao chão.

"Quieto como a floresta.", o Cachorro de Fogo murmurou, virando-se devagar para olhá-la.

Sua primeira reação ao ver a esquiva, foi a de imaginar que teria de defender-se de algum golpe de lateral antes de conseguir voltar a se colocar de pé, já preparando seu braço e uma das pernas para usar como defesa ou golpe contra ele. Mas como poderia prever que o próprio braço do adversário a faria cair, e se manteria no seu caminho?

- Auch. – foi a primeira coisa que a garota resmungou, piscando algumas vezes os olhos, confusa com o que havia acabado de se passar diante de seus olhos. – Por acaso eu estava montando e nem percebi? – ergueu uma sobrancelha, olhando na direção do adversário, e calmamente se colocando de pé, mantendo a atenção para caso ele tentasse atacá-la enquanto se ajeitava. Levou a mão contrária ao ombro atingido, massageando levemente. É, talvez se tivesse feito aikido corretamente e não apenas aprendido a receber mal e mal alguns golpes do irmão, ao invés de teimar com o pai, tivesse saído sem aquela dor. Mas não era como se fosse a primeira vez caindo de um cavalo, de qualquer forma. Mas não era Ryou, e muito menos tinha aquela paciência bendita do adversário ou do irmão. Seus olhos se estreitaram.

-... Se meu irmão não lutasse com esse mesmo tipo de calma... Eu diria que isso é fuckin’ irritante. Mas seu aparente desinteresse na luta sim dá vontade de te esganar. – sorriu de lado, dando leves saltinhos como se tentasse acostumar o próprio corpo com a dor da queda. – Your turn. – disse calmamente, ficando mais séria.


"Desinteresse? Está enganada.", o Cachorro de Fogo fechou os olhos por um instante, dobrando-se para frente. "É uma questão de controle emocional. Minha vontade de ganhar essa luta... não é menor que a sua."

E, com um passo rápido, o corpo abaixado, ele já estava ali, na altura da cintura dela.
"Perigoso como o fogo."

O soco era veloz... Ai precisaria dar tudo de si para esquivar!

- Bizarro. Eu diria que isso parece conversa de lou...

Surpresa. De novo, alguma coisa naquele oponente parecia estranha. Ele era realmente rápido. Mais rápido que Alexia, podia supor. E ele definitivamente não parecia ter golpes tão leves quanto os da outra loira. Se não havia ganhado naquela luta, mesmo com a diferença de força física e resistência, aquela batalha não pareceria dar brechas. Arriscar em sua velocidade, ou arriscar em receber o golpe? Seu cérebro teve de tomar aquela decisão realmente rápido.

Movimentos curtos. Ai tentou o mais rápido possível mover o próprio corpo pro lado contrário ao braço do adversário cujo punho vinha em sua direção, com um passo e jogo de corpo, planejando depositar a força de seus pés para um chute com o calcanhar no ombro do moreno. Ou ao menos, rezava para realizar aqueles movimentos tivessem sucesso.


O movimento foi executado com sucesso, por muito pouco. Um alívio, de certa forma. Bruno foi atingido no ombro e quase se desequilibrou, não caindo por pouco. Suspirou, levando a mão ao ponto acertado.

"Bons reflexos.", admitiu, atacando novamente com aquela postura baixa.

- Eu... Consegui?! – Ai deixou um sorriso levemente animado escapar por seus lábios, porém tinha que deixar a parte em que agradecia Yuri mentalmente umas quinhentas vezes por tê-la treinado pra depois. Afinal, podia não ter a mesma sorte duas vezes. No entanto, seu movimento daquela vez fora o de usar a perna que usara para atingir o moreno para tentar acertar com o joelho o braço que vinha em sua direção. Desejava mudar a rota que ele fazia, e caso não desse certo... bem... Não era como se aquele fosse o primeiro soco forte que iria ganhar de presente, muito menos o ultimo.

Ah, mas o joelho da garota conseguiu sim desviar a trajetória daquele braço... enquanto o OUTRO braço do moreno afundava em sua barriga. O Cachorro pelo visto sabia atacar sem parar quando necessário.

(Perigoso como o fogo!)
Aquele parecia ser seu mantra para entrar totalmente na ofensiva, e a japonesa agora experimentava um gostinho do que isso significava.

A loira fechou um dos olhos ao sentir o contato com sua barriga, sentindo as próprias pernas fraquejarem por um instante. A perna que estava no ar recuou o mais rápido possível para que se mantivesse de pé, apesar do péssimo equilíbrio no momento. Queria usar, ao menos, o fator de ser acertada, ao seu favor. Uma de suas mãos quis imediatamente segurar o braço de seu agressor e puxá-lo para a lateral de seu corpo, visando aproximar mais o adversário. E se conseguisse aquilo, seu outro braço iria visar uma cotovelada no queixo do cachorro de fogo. Realmente não se importaria em sair rolando aos socos, mas realmente não iria querer soltá-lo logo agora que podia ter uma oportunidade de usar sua força bruta como principal arma.

A idéia foi bem executada. A cabeça do ginasial foi jogada para trás... e logo retornou à posição normal, enquanto o rosto da jovem Kurosaki era socado.

É, o momento da brutalidade havia chegado. Força bruta VS Força bruta.

Para muitas garotas, aquele golpe seria visto como uma covardia, um ultraje. Para Ai, significava que estava sendo considerada uma lutadora de igual pra igual, e não uma “garotinha”. Isso era o que realmente esperava dos adversários que enfrentava, fosse homem ou mulher, era uma luta de verdade. Sequer se importava, na realidade, com a própria aparência. Enquanto sua mão livre mirava o rosto do adversário para uma sequência de socos, uma de suas pernas tentava tirar-lhe o equilíbrio. A mão que ainda segurava com força o braço do outro parecia preocupar-se em manter aquele punho longe de seu caminho.

Ambos já tinham ouvido falar no conceito de "Pride Match", um dos tipos de luta de Kafundoh onde ambos os lutadores amarravam uma das mãos e socavam-se com as restantes, até que um dos dois não aguentasse mais. Embora aquilo não fosse proposital, a situação dos dois atualmente era uma imitação perfeita desse contexto. Com Ai sendo incapaz de desequilibrar as fortes pernas do adversário, a luta se tornou uma repetição impiedosa de socos no rosto, barriga e costela de ambos.

As respirações foram se tornando mais pesadas. Os gemidos se tornaram rugidos.
E eles foram batendo, batendo, batendo.
Sangrando, sangrando, sangrando.
E... sorrindo?

Uma luta justa. E acirrada. Pelo visto ambos tinham o espírito competitivo e ao mesmo tempo, o gosto pelo esporte. Ai não se importava com roxos, hematomas, ou com o sangue que o outro conseguia lhe tirar. E o Cachorro de Fogo parecia ter o mesmo sentimento.
A loira não queria desistir de uma luta como aquela, e muito menos desejava perder. Seu pulso não parecia ter remorsos em disparar golpes com toda a força, tentando sempre superar a dos que recebia.

Sua perna que antes tentava derrubá-lo parecia agora apenas tentar golpear a perna alheia não tão frequentemente, para concentrar-se também em ficar de pé, desejando manter o equilíbrio até o fim.

Aquela era, sem sombra de dúvidas, o melhor tipo de batalha na qual podia ter entrado.


Sim. Para pessoas com aquele tipo de personalidade, aquele tipo de batalha... era calor.
Fazia-os queimar.

Bruno agarrou o braço livre dela, e agora ambos estavam imobilizados.
Ela o prendia. Ele a prendia. Não podiam mais socar.

"... seu nome. Seu nome verdadeiro.", o rapaz arfava, o sangue decorando seus lábios e queixo.

Sua respiração não estava numa situação melhor do que a do adversário. Apesar da leve menção a tentar soltar o braço preso, sabia que era um esforço em vão. Daquela maneira, nenhum dos dois podia lutar, e estaria apenas gastando energia preciosa. Seu rosto contava com um belo avermelhado em algumas áreas atingidas. Sangue escorria de um pequeno corte no supercílio, mas também do canto de seus lábios, também machucados.

A loira continuou sorrindo, apenas dando um jeito de limpar um pouco do sangue de sua boca com a língua, estralando levemente o pescoço. Aquela luta era relaxante, a despeito do conceito visto por pessoas normais sobre brigas daquela forma e dos machucados. É, talvez fosse um pouco louca, mas não era sua culpa que o seu sangue de lutadora falasse mais alto do que seu cérebro.

- Ai. Ai Kurosaki. E o seu? – seu olhar se mantinha nos do adversário, com o ar de desafio e determinação presentes ali, mais até do que no inicio da luta.


"... Bruno. Bruno Lacerdy.", o moreno devolveu o sorriso agressivo. Puxou-a para mais perto de seu corpo, e então sussurrou algo no ouvido da garota.

"A Águia não tem culpa. O Pombo está por trás de tudo."

Seu queixo caiu levemente, deixando-a pensativa. A Águia não tinha culpa então? Mas eles não eram... Aliados? Tá, então talvez tivesse falado e pensado coisas desnecessárias para ela... Claro, não tanto quanto Ryou, mas ainda devia desculpas – mentais, claro, não iria pedir desculpas para alguém tão facilmente – para ela.

- Que filho da... – terminou o palavrão mentalmente. Sua voz, apesar de tudo, era baixa – Espera... Você é amigo dele, por que tá me contanto isso? E quais são os motivos dele? – perguntou, seus olhos ficando semicerrados. Devia ter pedido pra lutar com os dois. Assim primeiro matava aquele rato aéreo e depois se encarregava da luta boa.


"...", indicou o casarão em chamas com a cabeça. "Porque acho que dessa vez ele passou dos limites. Eu... sou filho do mordomo da família dele. Um empregado. Mas não estou dizendo que isso me exime de qualquer responsabilidade."

(... sempre fiz o que ele mandou porque era conveniente, e garantia que eu fosse melhor tratado em casa. Garantia mais regalias.)
(Foi uma escolha consciente. Não há desculpas.)

"... só acho que... aquela garota já sofreu demais. Ela levar toda a culpa... não me sinto bem com isso."

- Ele definitivamente passou dos limites. By the way, o importante é que você sabe disso. É melhor fazer o certo um dia do que nunca, né? – comentou calmamente, ainda em voz baixa. Soltou um longo suspiro, pensando um pouco enquanto olhava o fogo. Ao menos torcia pra quem quer que estivesse batalhando com o Pombo, estivesse quebrando o pescoço daquele idiota. Mesmo que fosse Alexia. -... Se ele souber que você me falou isso, você vai ter problemas, não? – ponderou brevemente – Mas se não tiver, podemos terminar essa luta outra hora, e tentar ter certeza de que não tem ninguém machucado, e se é que tem um jeito, apagar esse incêndio. – sua voz se mantinha baixa, por via das dúvidas. Caso não, não se importaria de terminar aquela luta.

"... não se preocupe. Eu chequei antes do incêndio começar. Não tem ninguém lá dentro."
Suspirou.

"Acho que a única coisa boa que seguir esse cara me trouxe... foi ter uma luta dessas. Não estou exatamente arrependido."

Como os dois não podiam usar os punhos, ele jogou a cabeça para trás, pronto para cabeceá-la, mas quase que esperando-a, numa espécie de engraçada cortesia.

"Pronta pra finalizar em grande estilo?"

Sorriu novamente, quase rindo. Naquilo certamente podia concordar. Aquele panaca havia lhe feito ter uma ótima luta com Bruno (ou deveria continuar a chamá-lo de cachorro de fogo?). E também, agora não havia o risco de alguém sair morto no incêndio no meio daquela história toda, graças à vasculha prévia de seu oponente. Só se fosse o Pombo sendo atirado pelos membros da banda, claro.

- Pode apostar. – a garota moveu também a cabeça para trás, pronta para segui-lo em seu movimento em um menor sinal de que fosse ser dado “le grand finale” da batalha. E realmente, ia colocar toda sua força pra tentar vencê-lo naquela cabeçada.


"1, 2, 3... JÁ!!!"

E o som de "THUD" foi tão alto e seco que pareceu deixá-los surdos por um momento. Testa com testa. Sangue escoou pelas peles como água, seu cheiro ficando pregado nas roupas indígenas de ambos, que começaram a cair em seguida.

Sentiu uma enorme tontura e dor rondarem sua cabeça. Seu corpo inteiro fraquejava, e podia até mesmo já sentir o chão como apoio para seu corpo. No entanto, isso significaria derrota. Apertou os olhos, usando todo o resto de sua pouca força para colocar uma perna um pouco mais para frente, apoiando-se sobre ambas as pernas.
Uma mão foi em direção ao local atingido, apertando os olhos com força, antes de tentar entreabri-los, desejando ver a situação de seu oponente. Será que ele também havia conseguido ficar de pé? Aquela curiosidade e desejo para ter conseguido sua vitória apenas crescia conforme sua visão deixava de ficar embaçada.


O Cachorro de Fogo estava deitado no chão, respirando pesadamente, ambos os braços estendidos ao lado do corpo.

"Ê ressaca.", brincou, olhando-a.
E foi aí que Ai soube que tinha sido a primeira vitoriosa da noite.

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