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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

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Mensagem por Bad Crow Qua Jun 15, 2011 11:04 pm


O leitor já foi informado de como a cidade de Unkan Tolah e o condomínio fechado Ruural tiveram suas origens. Falemos agora de um feriado muito especial, em que os habitantes da cidade homenageiam as origens indígenas de parte da população - a maioria das famílias antigas da cidade são mestiços, possuindo em suas veias tanto o sangue do lendário grupo de dançarinos nômades Village People e da tribo indígena Tintanakara.

No dia 15 do mês de junho, várias pequenas festividades são organizadas pela cidade, e o uso de apetrechos e itens de decoração indígena viram uma espécie de moda por alguns dias (os comerciantes desse tipo de material não reclamam). O condomínio de Ruural, por sua vez, trata a ocasião de uma forma mais... exagerada.

Perguntem aos integrantes da banda DayFighterS, que ao invés de curtirem a noite no luxuoso hotel onde vivem, foram intimados, assim como o resto dos alunos, a dormir em tendas rústicas nos gramados vastos daquele "pedaço de terra salvagem".

Perguntem à Letícia, que riu muito ao vê-los vestidos nas roupas que lhes foram entregues especialmente para a ocasião - todas de estilo/origem indígena. Alguns tinham até pintado a cara, para entrar mais profundamente no clima.

Perguntem à sobrancelha de Richard, erguida num divertido arco, enquanto ele encarava seus protegidos (... e se perguntava se fazer um pôster com eles vestidos daquela forma poderia ser lucrativo).

Aquela era a primeira noite que os jovens passariam em Ruural. Normalmente voltavam para o hotel no início da tarde. Mas, para a surpresa da maioria, aquela experiência não se mostrou nem de longe tão desagradável quanto inicialmente parecia. Explica-se. Os integrantes do DayFighterS possuem uma sensibilidade acima do comum para a arte - fator óbvio para jovens músicos de tamanho talento. E era por isso que conseguiam, mais do que as pessoas normais (Nagi e Ai, por exemplo), sentir algo de especial no ambiente que havia sido criado naquela noite.

Algo quase... místico.
As fogueiras. Os tambores. O canto das jovens alunas de descendência indígena que dançavam ao fogo, palavras de um idioma desconhecido soando inexplicavelmente bonitas e intoxicantes.
Os sabores das frutas que eram oferecidas, os odores de couro e grama fresca, e a visão da lua (que parecia bela e misteriosa, num tom de vermelho-sangue)...

Uma coisa era certa. Aquele ambiente era capaz de mexer com qualquer um. Principalmente com jovens urbanos nada acostumados com tal comemoração.
Não era a toa que muitos dançavam, gritavam, cantavam, batiam palmas.
Casais sumiam "inexplicavelmente" na escuridão, procurando a privacidade de suas tendas ( "Só lembrem-se que vocês NÃO são índios de verdade e usem camisinha, moleques! >__<", a professora Elefante de Cristal gritava, horrorizada, mas sabendo que não podia fazer nada para impedí-los). Rodas de capoeira e outros estilos de dança e luta se formavam, mais espalhadas, dezenas de fogueiras crepitando ao luar. Rodas para contar e ouvir histórias. Rodas do Jogo da Garrafa (selinho, beijo ou algo mais...), e até rodas de amigos que queriam simplesmente conversar.

Pantera de Aço, Koala da Terra, Fuinha de Sugilita, Lince de Ônix, Panda de Metal, Lobo de Gelo, Lince das Trevas, Pinguim de Fogo, Leão de Titânio e Garsa de Prata.

Era difícil saber o que se passava pela cabeça desses animais, enquanto se viam no meio de um ritual antigo, como viajantes do tempo. Uma mistura de emoções. Algo forte, que os tocava no fundo da alma, e ao mesmo tempo os confundia e encantava.

Os tambores ressoavam, sedutores, em seus ouvidos.
As vozes femininas que recitavam palavras esquecidas também.
Como se mandassem que eles se entregassem.
Que vivessem ao máximo, cada segundo.
Como se aquela noite fosse a última.

E sabe de uma coisa?
Tambores indígenas podem ser bem convincentes.

===
==
=

Voltando à forma normal de postar, onde usamos primeiramente o tópico (mas deixamos como opção, se certos jogadores quiserem, posts prontos do MSN).
Usem o primeiro post para voltar um pouco no tempo, retratando a chegada do seu personagem a Ruural naquela noite e a forma como ele foi afetado pelo ambiente que agora o cerca. Também detalhem, por descrições ou imagem, as roupas que estão usando. Como deixado claro no texto, cada pessoa pode reagir de uma maneira diferente ao clima ritualístico da cena, mas deixemos claro que há algo de primitivo/sedutor/misterioso na experiência, algo que mexe com os personagens e os faz agir de formas inesperadas.

O primeiro post pode ou não ser usado para decidir também o que o personagem quer fazer. Se vai entrar em alguma das rodas, dançar perto da fogueira ou arrastar alguém pra moita ( *cofcof* u.u). Vamos postando e vejamos o que acontece.

NPCs podem ser facilmente encontrados na cena. Se alguém quiser interagir com algum deles por algum motivo, considerem que é só procurar um pouco e avistá-los, e aí eu os controlarei normalmente (ou dá pra pedir que algum NPC apareça de repente para surpreender seu personagem, me avisando em particular. ^^0 Tamos aê).

Próximo post do mestre: 20/06, segunda-feira.
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Mensagem por Hikari~* Qui Jun 16, 2011 2:21 pm

Off: Desculpa, acho que me empolguei D: *saudades de postar com ela*
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Não sabia como havia se deixado convencer. Nunca sequer acampara na vida, imagine ser obrigada a atender à uma festa daquelas ao ar livre, dormindo numa barraca fria e sem o menor conforto, e ainda usando aquele tipo de roupa. Sua primeira vontade teria sido a de fuzilar Letícia com os olhos quando a motorista começou a rir. E também percebeu a discreta mudança de humor de Richard ao vê-los daquele jeito. Contudo, simplesmente deu de ombros e suspirou, deixando para lá. Como se irritar com isso à essa altura do campeonato fosse fazer alguma diferença. Não lhe agradava o fato de usar roupas às quais não estava acostumada, mas se teria que o fazer, então o faria a seu jeito.

Felizmente Silver estava 100% de novo, e por isso decidiu levá-la junto. A despeito de qualquer coisa, Ruural era o tipo de ambiente selvagem que a fuinha merecia aproveitar vez ou outra. Só teria que ter um cuidado maior, mas queria acreditar que aquele acidente horrível não aconteceria de novo.

Uma vez no condomínio, não se impressionou muito com a decoração ou a festa que já acontecia. Mantinha a mesma seriedade e silêncio habituais, avaliando mudamente os detalhes. Imaginava que seria mais uma atividade entediante em sua vida, e não conseguia entender todo aquele estardalhaço que pessoas como Appacho e Amy faziam desde que botaram os pés ali.

- Crianças... - murmurou para si própria, revirando os olhos e se afastando.

Após passar algum tempo caminhando só para ver o que mais aquele evento oferecia, resolveu se afastar um pouco e buscar um cantinho onde pudesse ficar sozinha como gostava. Não era nada longe; do lugar onde estava, podia ver claramente as pessoas passando e dançando, bem como também podiam vê-la facilmente sentada sobre aquela rocha. Silver estava aconchegada sobre seu ombro, e enquanto a mascote olhava encantada para as faíscas que pulavam da fogueira, Alexia fitava o céu, intrigada com o luar.

Deveria estar mal-humorada, mas não estava. Era bem verdade que ainda considerava aquele ambiente muito bizarro, mas não estava tão ruim quanto supunha. Também não conhecia a letra da canção que as meninas cantavam, mas... era boa. Ao mesmo tempo, seu coração reagia a cada batida nos tambores, como se seu corpo ressoasse junto. Lembrava um pouco a sensação em estar perto das altas caixas de som em um show, mas ao invés do estresse que neste caso dava, os tambores somados à melodia ancestral lhe acalmava. E por lhe acalmar, arriscou-se a fazer algo que não fazia há dois meses.

Arriscou-se a olhar para Ryou. Desde aquela sexta-feira, evitava falar ou encarar o vocalista do DayFighterS. Sua mente insistia em negar o ocorrido e se convencer de que ele era um pervertido que só fizera aquilo para brincar com seus sentimentos. Só foi obrigada a falar com Kurosaki por motivos de trabalho, ou quando chegava ao seu bom limite de paciência e começava a discutir com ele. E detalhe: as brigas se tornaram mais intensas do que nunca.

Queria estar com seu celular agora. Assim poderia ligar para suas primas gêmeas Sophie e Cassandra para desejar-lhes feliz aniversário, distrair-se e... esquecer daquilo.

- Silver, o que eu devo fazer? - perguntou, voltando-se para a fuinha. Esta apenas retribuiu o olhar e, com um pequeno sonzinho, balançou o corpo e logo saiu em disparada pelo chão. Pior: foi direto até Ryou que estava do outro lado, escalando até os ombros do japonês. - Traidora... - sibilou, virando um pouco o rosto.

Destestava aquela sensação de não saber o que fazer, como se estivesse perdendo o controle de sua vida. E para completar, o que a música estava a impelindo a fazer não ajudava muito.

Não iria falar com ele.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Roupinha da Alexia <3 Mas sem o cachimbo XD

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Mensagem por White Qui Jun 16, 2011 6:23 pm

Tirem-me. Daqui.

Esse era o pensamento do pobre Arata, que estava encolhido junto a uma fogueira, pensando apenas no quanto queria fugir dali e se esconder de todos. De facto, o baixista nunca tinha acampado e achava até a ideia de alguma forma boa, e achava que o feriado tinha um ideal interessante. Mas...o que lhe tinham feito...tinha sido demais.

*Flashback*

- NÃÃÃÃO! - O grito de Arata ecoou por Ruural. O moreno era agarrado por várias garotas que o arrastavam para o vestir a rigor. E sendo o baixista um homem tão tímido, era óbvio que estava com medo, coisa que nem sentia em campo de luta.

- Se afastem de mim! ;__; NÃO QUERO ENTRAR NESTA COISA! RICHARD! APPACHO-SAN! ME SALVEEEEM! ELAS VÃO ME VIOLAAAAR! - Estendia os braços e se remexia tentando se soltar, porém em vão: ele foi levado para dentro de uma tenda sombria... u.u


O moreno sentiu calafrios só de se lembrar. Ainda mais aquelas roupas eram bastante constrangedoras. Teve até de colocar um lenço vermelho sobre a cintura para tapar os rasgões nas calças que mostravam suas nádegas! Que roupa era aquela afinal?! Como um homem conseguia usar aquilo?!

----------
Ok, mostrar a roupa do Arata e adicionar uns detalhes. \o/
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Mensagem por Xinx Qui Jun 16, 2011 8:16 pm

Amy abriu um sorriso de orelha a orelha ao ouvir que iriam acampar. Depois que recebeu as roupas, então...

[flashback]

- YUHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL! - deu um salto, e seu grito foi tão alto que todos do condomínio ouviram. - Sempre sonhei em me tornar uma indiazinha, dançar em volta da fogueira e caçar ursos para sobreviver e... *-*

[/flashback]

Melhor deixar de lado o que ouve depois disso, só de ler os gritos vocês ficariam surdos e de ler o tanto que ela pulou, ficariam sem fôlego. Ela trajava um vestido tomara-que-caia simples em tom cru que ia até o meio das coxas com um triângulo de franja no busto e um encharpe de pele do que um dia aparentava ter sido um lobo. <~~ (Ela ficou com dó do bichinho, mas fazer o quê? ó-ò). Três grandes penas brancas com as pontas pretas saíam de trás de sua orelha esquerda, e duas faixas vermelhas e uma preta riscavam o rosto da colegial horizontalmente.

A Garça de Prata estava feliz. Não que isso fose estranho, mas nessa noite isso passara da média. Provavelmente ela procuraria Izanagi mais tarde. Aquela parecia ser uma boa ocasião para fazerem a captura do século. Luas sangrentas e místicas como aquela prometiam boas caçadas (ou, no mínimo, aventuras mirabolantes...).
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Mensagem por Reid_Hershel Qui Jun 16, 2011 10:20 pm

Appacho achou todo esse evento um máximo. Vestir-se de índio iria ser demais.
E lá estava o grandão, trajando roupas características de um índio norte americano, com direito a um grande penacho e tudo mais. Havia até pintado a cara com listras brancas e vermelhas. Carregava também uma machadinha feita de madeira que havia enchindo o saco pedira educadamente para um rapaz do clube de carpintaria fazer para ele.

Riu junto com Letícia. Mesmo pagando mico vestido daquele jeito, era engraçado olhar para a cara emburrada de alguns de seus colegas em terem que se fantasiar. Assim que pôs os pés no local da festa, o Pinguim de Fogo exibiu um largo sorriso e seus olhos começaram a brilhar. Música ambiente de primeira, galera muito animada, dançarinas super gatas com vozes hipnóticas.

"Caralho! Que festança!", comentou, maravilhado. Aquele pessoal de Ruural sabia como dar festejar. O som dos tambores chegava a seus ouvidos, chamando-o para o meio daquela roda. Um vontade imensa de dançar junto com aquelas moças estava praticamente lhe contaminando.

Olhou em volta. Iria chamar mais alguém para se divertir. Uma vítima indefesa, por assim dizer. Foi então que fitou Arata.

Lock On!!! Alvo encontrado! <3

Sem pensar duas vezes, foi correndo até o amigo.
"Araaaataaa, meu amigão! Preparado para uma noite de arromba?", apareceu de forma repentina na frente do moreno como um sorrisão maroto estampado na face.

--------------------
Bônus:
Roupa do Appacho. u.u
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Mensagem por Cáh-chan Dom Jun 19, 2011 3:31 pm

*~Ryou~*

O som dos tambores era um tipo de batida bem diferente das de uma bateria, assim como as vozes das garotas pareciam encher o ambiente de uma maneira realmente bela e sedutora. Não era como algo que estava acostumado, e isso realmente o deixava com um sentimento de estranheza, que ainda era confortável.
Uma calça no tom de vestes antigas e indígenas, o tórax desnudo, com apenas dois tipos de argola prendendo seu braço, a cor vermelha que fazia dois riscos horizontais em cada bochecha junto a um "colar" que parecia feito de dentes... Em sua cabeça, um pequeno enfeite preso como uma bandana, com duas penas. Tudo aquilo era algo completamente estranho para o vocalista. Cercado de no mínimo algo de tecnológico, como um mp3, era uma nova experiencia.
Seu tom de pele extremamente claro, o cabelo e os olhos azuis certamente não colocava-se num bom conjunto com o que era pretendido, mas... Não poderiam dizer que os encantos naturais de sua aparência fossem escondidos por aquilo, e de uma forma ou de outra, apenas a deixava mais revelada.
Não fosse ter passado a noite anterior inteira pensando no que havia feito, provavelmente aquela festa lhe cairia um pouco melhor, mesmo que não fosse comemorá-la, afinal, era um dever da falicidade de Appacho e Amy aproveitarem aquilo ao máximo, e não dele.

- Saco. - Resmungou baixinho, passando a mão atrás da própria cabeça, fechando os olhos em um ar de leve irritação enquanto pensava, e relembrava o pesadelo que tivera durante o pouco tempo que conseguira dormir.

Enquanto a noite escura de lua cheia matinha-se em seu auge, um lobo uivava de algum lugar distante. A luz prateada iluminava seu rosto e uma pequena garota loira, encolhida. A voz dela vinha em um pranto, e os soluços mantinham-se constantes.
Reconheceria aquela voz de qualquer lugar, e mesmo aquela silhueta com aparência tão frágil. Seus passos se intensificavam para chegar até ela, mas ela parecia tão distante... Cada vez mais... Era sua culpa aquela distância, não era? E o choro parecia se intensificar. Quando sues passos já não aguentavam mais tentar, a garota parecia estar logo a sua frente. Olhou para os olhos mareados que se ergueram para ele, e sem que conseguisse dizer nada, Ao redor dos dois, a grama hora tão verde, era encandecida pelas chamas vermelhas.
Sua confusão fora quebrada pela garota se colocando de pé a sua frente, que lentamente se aproximava mais ainda.
Ela carregava uma flecha, e a fincara em seu coração, adentrando-o como se, por mais que tentasse impedir, não houvesse barreira alguma para proteger a si mesmo daquilo.
As lágrimas de Alexia ainda pareciam machucá-lo bem mais do que a fria ponta feita de aço em seu corpo.


Balançou a cabeça de leve, massageando as próprias têmporas e abrindo os olhos em direção ao pequeno animal vindo em sua direção, escalando-o até seu ombro. O garoto ergueu lentamente a mão até a pequena criatura, para abaixo de seu focinho, num carinho leve e gentil. Alexia deveria estar perto, mas recusava-se em procurá-la com os olhos.
O que diabos pensava quando decidiu beijá-la? Talvez a falta de pensar fosse exatamente o problema número um. Algumas vezes, ter um cérebro um pouco melhor realmente poderia ajudar. E o som daquelas batidas parecia ecoar cada vez mais por dentro de si, como se tentasse fazer aquele coração frio tornar-se preenchido por algo, que não saberia explicar. Não saberia compreender o próprio sonho, ou o por que dá agonia que sentia em ver lágrimas pelo rosto da menor. Daquela que tanto odiava, e que tanto o odiava. Odiavam-se, desde o primeiro momento em que haviam se visto. Fosse tentando enganar os próprios sentimentos ou não, era naquilo que queria e iria acreditar.
Era sua verdade própria e única. Não não abriria espaço para ninguém em seu coração. Por que precisava ser como o gelo, e aquele órgão deveria servir para nada além de bombear sangue e lhe pulsar uma vida devotada para sentimentos exclusivos pela música.

Ou seria capturado por sentimentos que apenas serviriam para derrubá-lo. Pois humanos sempre foram criaturas baixas, por instinto traidoras, e que atacariam pelas costas sem pensar duas vezes.

Enquanto apenas os outros animais eram isentos de tal crime.

*~ Ai ~*

Maldita ideia daquela cidade maluca. Que tipo de roupas eram aquelas?! A única coisa que podia dizer como útil era sua saia ter sido mais comprida, apesar de ainda preferir calças, com toda certeza. Roupas estranhas, e havia sido obrigada a usar aquilo.
Usar aquele tipo de coisa era completamente contra seu conceito de vestimentas. SAIA. SAAAAIAAAAA.
Podiam ao menos ter pensado em colocá-la de calças. Olha só, Ryou tinha uma calça! Por que não podia ter também? Claro que era bem melhor que tangas... E além do mais, nunca havia pedido por decotes, havia?! Aquilo era o cumulo de se vestir estranho.
Era loira. Tinha olhos claros. Pele clara. Japonesa. Não tinha nada haver com índios, por que tinha que ser obrigada a participar daquilo?! Letícia e Richard, por outro lado, pareciam ter se divertido com todos da banda sendo arrastados pra lá com aquelas roupas bizarras.

Constrangedor!

Sim, aquela era a palavra ideal para descrever aquele tipo de coisa. Ainda por cima quando chegaram lá. Apesar de tudo, nem era tão ruim assim, mas... POR QUE NÃO PODIA VESTIR ROUPAS NORMAIS?!

- Eu quero minhas calças jeans T^T - reclamou baixinho consigo mesma, sentando-se longe da fogueira enquanto observava a dança e ouvia a música naquela língua estranha, abraçando as próprias pernas enquanto tentava manter-se o mais escondida possível do restante do grupo.

--------------------------------

Roupa da Ai:
Spoiler:
Off: A do Ryou eu descrevi u.u0 -Q Eu ahco que me empolguei no post com o Ryou. E nem sabia o que fazer com a Ai, oe. @_@" Gomen post coisado D=
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Convidad Dom Jun 19, 2011 4:34 pm

Por mais que não estivesse acostumada com aquilo, Isa tinha que admitir que a ideia de homenagear os ancestrais daquela forma tão peculiar era, no mínimo... Interessante. Não que estivesse feliz de usar aquela roupa - basicamente um vestido bege claro de alças caídas que ia até os joelhos, com franjas nas mesmas e alguns desenhos/pinturas/nãoseidescrever na parte de baixo; um cocar de penas brancas na cabeça e várias, mas VÁRIAS argolas nos braços -, mas tabém não estava tão irritada quanto alguns de seus colegas.

Aliás, mesmo que tivesse, tinha certeza de que reclamar não ia dar em nada. Então, melhor se acostumar e curtir a festa, correto?

E, por falar em festa... Não pôde negar que as pessoas de Ruural haviam lhe surpreendido com aquela comemoração. Os tambores, as vozes das garotas que cantavam e dançavam ao luar... Era algo completamente... Místico. E maravilhoso.

- Uau... *-* - Foi a única coisa que saiu da boca da ruiva, pouco antes dela se separar do grupo e se juntar às "cantoras" naquela dança, tentando aprender e acompanhar os passos delas. Afinal, se era pra curtir a festa, sentada em um canto que não ia ficar, né?

--------------------------------------------------------------------------
Eu sei que descrevi mal a roupa, depois faço um desenho dela. o3o

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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por White Qua Jun 29, 2011 6:32 pm

Arata estava olhando para a fogueira então nem reparou em Appacho que se aproximava dele.
"Araaaataaa, meu amigão! Preparado para uma noite de arromba?", apareceu de forma repentina na frente do moreno como um sorrisão maroto estampado na face.
Arqueou uma sobrancelha, surpreendido ao ver aquele sorriso estranho nos lábios de Appacho. O que ele estava tramando?
- Não, não estou nada preparado, quero me ir embora! - Bufou, corando ao tapar-se ainda mais com o lenço na cintura. - Appacho-san teve a sorte de não sofrer com este tipo de roupas! ;_;

Reparou então perto dali na sua amiga guitarrista. Achava engraçado vê-la naquele tipo de roupas, uma índia ruiva era algo deveras incomum. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios ao vê-la juntar-se às outras garotas que dançavam ao luar, feliz. Se sentia aliviado por o humor de Isabel ter melhorado nos últimas dias...
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Mensagem por Reid_Hershel Qua Jun 29, 2011 9:41 pm

O grandão riu com os resmungos do baixista.

"Mas já? A festa mal começou, meu honrado amigo!", deu uns tapinhas no ombro de Arata. "Eu até gosto de me vestir assim, sabe? É bem exótico, gyahaha!"

Desviou o olhar para as dançarinas, prestando atenção naquela dança quase mística que faziam. A súbita vontade de estar ali dançando só aumentava. Era como se as moças o estivessem chamando.

"Arata... já sei como posso ajudá-lo a se soltar mais nessa festa. Vamos dançar!!! ~", e, sem esperar a resposta do colega, segurou seu braço e arrastou o rapaz consigo. Rumo às dançarinas!
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Mensagem por Xinx Sex Jul 01, 2011 12:39 pm

Amy estava em um de seus melhores dias. Ou melhor, noites. Estava contente e distraída. Foi quando reparou na Lua. O nosso satélite natural estava em sua maior forma, convidativa, simpática, mística e hipnotizante...

A soprista então caminhou lentamente até uma pedra arredondada que ficava debaixo das primeiras árvores que davam início à mata fechada. Sentou-se de pernas cruzadas e, relaxada, começou a refletir. Conversava com a lua, que parecia tão humana e próxima e ao mesmo tempo tão imortal e distante...

- Às vezes fico pensando... - pausou. - Como seria minha vida se eu não tivesse fugido? Se não tivesse conhecido a DayFighterS...

Respirou fundo e continuou. Os tambores tocavam ao fundo.
Para a loira, aquele som era tão belo quanto melancólico.

De vez em quando pensava em sua família e sentia vontade de voltar para casa, abusar do colo da mãe ou abraçar forte o seu pai. Quando lembrava de sua terra natal, ficava feliz e se animava... mas havia um lado dela que só estava usando o sorriso para esconder a própria dor.

Quando a ginasial se deu conta, uma lágrima já escapava de seu olho esquerdo. Tingida de vermelho pela pintura facial, esta começou a descer pelo rosto da estudante. Sua respiração começou a se tornar mais ofegante.

Olhou para baixo e respirou fundo, limpando a lágrima, que já estava atingindo a altura dos lábios.

Eu não fico triste por ter saído. Eu me alegro de verdade quando penso que tudo valeu a pena. Por ter conhecido meus amigos, minha banda... - ajeitou uma mecha de cabelo para atrás da orelha, aquelas palavras ganhando força em sua mente.

Seu avô contava histórias para ela. Quando jovem, ele gostava de perseguir animais na selva. Por isso a garota parecia tão empolgada com a idéia de caçar o Rocinante - para ela, era uma forma de se sentir mais próxima daquela pessoa querida que deixara para trás. Tocar gaita também era uma das maiores paixões da garota. Sentia-se protegida ao fazê-lo, como se seu pai estivesse a observá-la toda vez que tocava.

- Espero que entendam, e se orgulhem de mim quando me verem na TV. - murmurou, esticando as pernas.

Realmente não se arrependia de nada. Só gostaria que a vida fosse mais fácil.
Porque não podia se sentir completa?

Então, uma sombra saiu do meio das árvores e entrou na frente da lua, ficando a encará-la, olhos nos olhos...


----------------------------
>>OFF<<

Quase toda pessoa que se mostra feliz demais está escondendo lágrimas, ainda mais ela, que fugiu de casa... Achei que precisava mostrar um lado mais humano e menos "dorgas" da Amy. Achei meio emo, mas espero que gostem... -oiq
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Sanmy Sex Jul 01, 2011 9:46 pm

Normalmente Alicia adoraria estar numa festança como aquelas. Mas, naquela noite, a única coisa que a ruivinha desejava era estar numa cama bem quentinha, em seu quarto de hotel.
O motivo? Um refriado que a baixinha havia pegado esses dias, depois de sair brincando na chuva com Appacho e Glein.

- AAAAATCHIIIIM!!!

Mas mesmo assim, lá estava ela, vestindo roupas indígenas. Pelo menos a vestimenta era quentinha. Por baixo da pele de lobo, estava usando um vestido preto com detalhes em vermelho. Na sua cabeça, havia um penacho rubro com dois galhos que simulavam chifrinhos. Amarrara o cabelo em duas tranças decoradas com enfeites dessa mesma cor e parte de trás, que costumava ficar amarrada, estava solta.

Lá estava ela, sentada perto de uma fogueira, se esquentando, enquanto verificava se seu equipamento de caça estava de prontidão. Essa data era especialmente importante para os membros do clube de arco e flecha.

"... que dia pra ficar doente, hein?", um rapaz baixinho de olhos azuis e cabelos alaranjados se aproximou dela.

Sua roupa indígena, que consistia em uma calça de couro cinza, pés descalços e peitoral exposto e pintado de tinta, era complementado pelas orelhas de coelho que usava junto com a bandana tribal. O Coelho da Chuva sorriu de forma gentil para a garota que o vencera anteriormente.

- É, né? Eu não devia ter inventado de brincar na chuva... @_@ - falou, terminando com um fungado.

"Bah. Não se recrimine. Isso só é sinal que você é um espírito livre.", o garoto nascido em Ruural abraçou os joelhos, observando a fogueira à sua frente.

- Ehehehe... – ela colocou a mão atrás da cabeça, rindo sem jeito.
Pegou o arco e mirou em algum ponto no horizonte.

- Espero que essa gripe não atrapalhe minha pontaria. Seria péssimo se eu espirrasse bem na hora de atirar e alguém saísse ferido. - brincou, apontando o arco para o Coelho.

"... nem brinque. Você é fofa, mas às vezes dá medo.", ele riu, mostrando a língua para ela.

A Koala apenas retribuiu, mostrando a língua para ele também, brincalhona.

O Coelho a olhou por alguns momentos, sorrindo, e então suspirou.
"... droga. Queria mesmo curtir essa noite direito, mas minha cabeça fica cheia de preocupações."

- O que ouve? – Alícia o olhou, curiosa e ao mesmo tempo preocupada.

"Não é esquisito?", o colegial a olhou de lado. "Faz mais de 2 meses que o Leão e a Lince lutaram com o povo da Águia de Ouro, e não houve retaliações. Eles andam sumidos. Muuuito suspeito."

- Mmm... será que vai ter porrada hoje? Tem uma cidade não muito longe daqui onde essa época do ano é marcada por brigas e confrontos entre estudantes. Não sei se aqui é assim. – a violinista abraçou os joelhos.

O rapaz piscou, meneando a cabeça.
"Sério? Que cidade?"

- Se chama Kafundoh. O mais estranho é que essa época, lá, também é conhecida como Dia dos Amantes. Bizarro, né? Beijos e sangue no mesmo dia... – ela olhou para o estudante de cabelos alaranjados, rindo em seguida.

"Kafundoh!", exclamou o Coelho da Chuva, gesticulando com a cabeça. "Já ouvimos falar, sim. Dizem que é onde tem o pessoal mais forte do mundo!"

- Pois é. Parece que eles só podem brigar com a mesma pessoa duas vezes por ano. xD

"Bom...", os olhos azuis do garoto piscaram. "... a maioria das pessoas não luta nem duas vezes na vida com a mesma pessoa, se parar pra pensar. Lá deve ter muita pancadaria."

- Sim! Imagina uma cidade onde só tem adolescentes. Devem brigar por qualquer besteira. ^^0 Aí ficam fortes.

"... seria bom se tivéssemos uma ajuda de gente de lá, então.", o Coelho coçou a bochecha, voltando a pensar na situação atual. "Essa noite... pode ser que dê em merda."

- Será que aqueles arruaceiros vão aproveitar a escuridão pra aprontar algo? – a baixinha meneou a cabeça. - Bom... Melhor não se meterem comigo quanto estou com o meu arco. u-U

"o_o Você vai atirar mesmo em alguém?", o nativo arregalou os olhos.

- Ah não se preocupe. Não vou matar ninguém. Só vou flechá-los nas pernas. ^_____^~ - sorriu maldosamente.

"ç____ç ..... ela é mais assustadora que a Águia de Ouro...", refletiu o amigo, olhando na direção oposta em SD.

------------------------
Roupinha dela.

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Mensagem por Bad Crow Qua Jul 06, 2011 9:33 pm

De repente, Alexia sentiu-se abraçada pelas costas. Não demorou mais que 1 segundo para reconhecer os braços finos de Vanessa.

“Alexia! Tava te procurando!”, a Coelha de Algodão fez um muxoxo. “Eu já me sinto desnorteada num ambiente assim. Se não puder conversar com uma amiga, vou ficar encolhida sem fazer nada a noite toda. >_>”

“Você está sendo inconveniente. Provavelmente, ela veio pra esse canto porque queria ficar sozinha.”, a voz de Jun se fez ouvir. O rapaz baixinho estava encostado na rocha, os braços cruzados, a habitual expressão fria no rosto. Observava ao longe as pessoas que dançavam e cantavam.

***

Enquanto Arata, Appacho e Isa dançavam junto com as jovens cantoras índias (o primeiro tendo sido arrastado pelo segundo), a atenção de Ai foi chamada por alguém que se sentava ao seu lado, oferecendo-lhe algumas guloseimas da festa.

Glein sorriu.
“Tudo bem?”

***


Amy olhou para o Rocinante.
E o Rocinante olhou para Amy.

O poder (inexplicável) da garota de ler as legendas do que o animal falava se manifestou mais uma vez.

<< Uma festa tão bonita... e mesmo assim parece desanimada e confusa? Tsc. Fico aliviado de os animais não sentirem isso que vocês chamam de “melancolia”. Soa-me bastante estúpido. >>

Mas a loira podia ver que, apesar do habitual jeito altivo, o animal parecia esgotado. Sua respiração estava pesada e o brilho vermelho dos olhos havia perdido parte de sua intensidade. Depois de quase 1 ano de constantes perseguições, o alazão parecia ter alcançado seu limite. Lentamente foi se encurvando até ficar deitado no chão, soltando um discreto relincho de alívio ao fazê-lo.

“Então finalmente as coisas chegaram a esse ponto, huh? Pelo visto, a perseguição da Águia de Ouro acaba esta noite.”, uma voz feminina de tom frio se fez ouvir. A mulher de encaracolados cabelos negros e olhos cor-de-mel vestia as roupas de luto de sempre, com um vestido cuja saia ia até seus pés. A única concessão àquela data festiva parecia ser um pequeno cocar formado por penas totalmente pretas. A professora Cisne das Sombras aproximou-se da garota e do cavalo, observando o animal de forma atenciosa.

“Não faz nem 2 anos que esse cavalo foi trazido aqui. Se ela de fato conseguir pegá-lo tão cedo, vai ser um recorde.”, murmurou, agachando-se e fazendo um carinho na crina do mamífero.

“Não toque nele!”, um rapaz de olhos verdes e cabelos negros se aproximou rapidamente, parecendo alarmado. O Jaguar da Grama usava uma calça de couro curtido e marrom, e um cocar discreto com uma única pena branca. Linhas vermelhas de tinta haviam sido traçadas abaixo de seus olhos, e ele estava descalço e sem camisa.

A funcionária da escola Gynasial olhou por cima do ombro com seu jeito habitualmente frio e não fez menção de obedecer a ordem, continuando a acariciar o Rocinante.
“Um aluno gritando com uma professora? Que coisa feia, senhor Jaguar.”, apesar do tom arrastado e desinteressado de sua voz, havia uma certa dose de ironia em suas palavras.

Notando a própria gafe, o rapaz engoliu em seco.
“Tsc. Foi mal. Mas...”, olhou de Amy para a mulher, escolhendo suas palavras. “... não sei se dá pra confiar em você. É uma mulher muito misteriosa.”


Cisne: o.o~ Sou só uma professora que é discreta sobre sua vida pessoal.
Jaguar: u_U Você só está em Ruural há uns 3 anos! E ninguém sabe nada sobre você de concreto! Surgiu do nada e já virou uma das principais professoras do condomínio! É muito suspeito!
Cisne: o.o Tenho 36 anos, 1,70m, signo de escorpião. Não vou dizer quanto peso. Sou viúva, tenho 1 filho, gosto de rapazes mais novos e...
Jaguar: =U_U= Não é esse tipo de coisa que eu quero saber, pow!

Um vento frio fez com que a grama alta dançasse de forma calma, e folhas caíssem de algumas das copas das árvores.

O estudante do segundo-ano olhou de forma preocupada para o alazão caído, cerrando um dos punhos.

(Mestre... o momento finalmente chegou.)
(Eu não sei bem o que fazer.)


["Vocês sabem qual é a coisa mais importante para domar um cavalo selvagem?", o homem de olhos castanhos e longos cabelos negros amarrados numa trança sorriu, carinhoso.]
[Várias crianças estavam sentadas em volta dele, prestando extrema atenção.]
[O Jaguar da Grama, o Coelho da Chuva, o Búfalo de Opala, o Crocodilo de Safira e a Águia de Ouro se destacavam entre elas. A garotinha de cabelos róseos e óculos retangulares estava de mãos dadas com o Jaguar e com o Crocodilo, seus melhores amigos.]

[“Respeitá-lo. Entender que ele é um animal formidável e valoroso. O foco não é subjugar o cavalo, e sim ser aceito por ele. Mostrar que você também é um animal de valor. Um igual.”]

(Mestre.)
(Depois que o senhor morreu... a sua filha mudou. E esqueceu essa lição tão importante.)


***

Um casebre escondido no meio da mata. Um rapaz alto de cabelos loiros que estavam amarrados num rabo-de-cavalo escutava o som longínquo dos tambores. Seus olhos, de um azul intenso, fitavam a janela, como se procurassem a claridade produzida pelas fogueiras da festa. O Crocodilo de Safira parecia um tanto chateado.

“... se você quer tanto ir pra festa, vá.”, a voz da Águia de Ouro se espalhou pelo cômodo. A garota estava com o queixo encostado numa mesa de madeira, o corpo praticamente caído por cima do móvel, deixando óbvio que estivera dormindo encostada ali até momentos atrás. A colegial estava sem os óculos e os cabelos rosados estavam soltos.

O loiro olhou-a por um longo instante, colocando as mãos nos bolsos da calça.
“Não seria a mesma coisa sem você vestida de indiazinha. ~”


Águia: =u_u= Que grande besteira!
Crocodilo: Gostosa, maravilhosa, tesuda! ^_^
Águia: @__@ Não tem graça, seu estúpido!
Crocodilo: Não estou brincando. Realmente acho isso. ^_~
Águia: Você está louco pra morrer, não é, atrevido? ¬_¬=

O loiro sorriu de forma carinhosa por um momento, encostando-se contra a parede e fechando os olhos.
“Mas eu ainda me lembro claramente do ano passado. Você estava linda, dançando em torno da fogueira. Eu e o Jaguar quase saímos na porrada porque queríamos dançar primeiro com você. Aí, enquanto brigávamos, você passou dançando com o Coelho, toda animada, e destruiu nossos corações.”


“Idiotas. Nós só estávamos dançando mesmo. Você sabe como o Coelho é, sempre com aquele jeito de criança. Eu dancei com vocês também, depois.”

E então ela arregalou os olhos de repente, parecendo se dar conta do que estava fazendo.
“De qualquer forma! Não é hora de lembrar dessas coisas!”


“Você não sente falta? De quando estávamos todos juntos?”, o Crocodilo a encarou.

“... isso nem me passa pela cabeça.”, ela mentiu, e então suspirou. “Desculpe. Eu sei o quanto você gosta dessas festas. E eu sei de quantas coisas você, vocês todos, abriram mão nesse último ano por minha causa.”

“Foi uma escolha nossa.”

“Mesmo assim. =_=0 Eu nem sei o que dizer.”, corou. “Mas finalmente... eu sinto que tudo isso vai chegar ao fim. Aquele cavalo está no limite. Tantas noites correndo, sem dormir, finalmente o enfraqueceram.”

“Ele não é o único.”, agora o olhar do loiro era de preocupação.

A Águia de Ouro, antes tão imponente, parecia estar pior que o Rocinante: vários arranhões pelo corpo, resultados de quedas enquanto tentava montá-lo. Grandes olheiras, sinal de noites passadas em claro. Dedos feridos e sujos de tanto empunhar ferramentas de montaria sem descanso algum. Os olhos semi-cerrados e a voz fraca também denunciavam um grande cansaço físico e mental.

“Você vai acabar se matando, Águia.”

“Não me venha com esse papo de novo.”, a colegial suspirou. “Eu agradeço sua preocupação... mas estou perto demais pra parar agora. E depois de os outros terem se machucado tanto, também... seria um desrespeito a eles, que me ajudaram a chegar até aqui.”

“Bem, agora só há 12 de nós. E, dos 5 cavaleiros, só sobraram 2. Quem diria que aqueles novatos eram tão fortes?”, o Crocodilo de Safira coçou o queixo, lembrando-se do que acontecera 2 meses atrás.

Ambos os Tatus e até o bichinho de estimação da Andorinha de Seda haviam sido derrotados por Nagi, Glein e Ai. De fato, a força daqueles ginasiais era surpreendente. Se o resto do grupo fosse tão forte quanto aquele trio, estariam com sérios problemas. Agora a Águia só contava com ele próprio, o Hiena de Couro, o Pombo dos Ventos, o Cachorro de Fogo e mais 8 carinhas que só serviam pra fazer volume nas caçadas.

(Se é que podemos contar mesmo com aqueles dois ginasiais. O Pombo dos Ventos... boa parte da imagem ruim que recebemos no último ano é culpa daquele bostinha. Desde que entrou no grupo ele vem fazendo coisas escrotas como ferir outros estudantes e tentar acertar o cavalo com flechas, coisas que nunca fizemos. Com aquele jeito de serpente, ele provavelmente até influenciou alguns integrantes do nosso grupo a ficarem mais violentos...), o loiro refletia por um momento, uma expressão de desagrado surgindo em seu rosto. (Sem falar que ele botou o Jaguar, o Coelho e o Búfalo pra lutarem com os novatos, quando eu deixei claro que queria resolver as coisas com eles pessoalmente. O fedelho gosta de manipular os outros. Se ele e a Águia não fossem primos, eu já tinha baixado a porrada nele.)

“Você parece... realmente preocupado.”, ela suspirou, levantando-se e indo até o rapaz.

“Um pouquinho.”, o loiro admitiu, sem graça.

A jovem de cabelos rosados encostou a testa no peito do colegial, parecendo relaxar. Havia carinho em sua voz.
“Tudo bem. Eu confio em você. Não dizem que você é o estudante mais forte de Ruural à toa. E o Pombo... sei que ele te preocupa, mas precisávamos de alguém que não tivesse uma conexão sentimental com o Jaguar e os outros na hora de enfrentá-los.”, a voz da Águia ficou ligeiramente mais fraca. Mais sentida. “Se eu tivesse que lutar com o Jaguar, ou o Coelho, ou o Búfalo... sinto que não conseguiria. Que hesitaria. Também não confio no Pombo e não gosto do jeito dele, mas acho que ele foi sincero quando disse que veio estudar em Ruural só pra me ajudar. O papai era padrinho dele, afinal de contas.”


“Eu sei.”, cheirou os cabelos dela, envolvendo a cintura da amazona. “Agora volte a dormir. Ainda temos meia-hora. Aliás, fico surpreso que você tenha acordado sozinha, do jeito que está cansada.”

“................... eu tive um pesadelo. =u_u=”
”Como foi? o.õ”
“Eu aparecia na frente daqueles novatos para nossa batalha final. Só que aí eu reparo que tô nua em cima do cavalo. @_@ Eles começam a rir da minha cara, e aí o Cabelo Azul aponta pra mim e diz Eu sabia que você era uma vadia, Passarinha de Merda e aí todos começam a me xingar e aquele casal boca-suja, o Cabelo Azul e a Loira, me jogam no chão e ficam dizendo coisas horríveis, e eu não consigo me segurar e choro e...”

O Crocodilo de Safira começa a rir alto.
“Nossa! Você ficou mesmo com isso na cabeça, hein? Coitadinha!”


“Não ria! >_> Você sabe que ninguém lá em casa falava palavrões! Além disso...”, ela suspira. “Eu achava que estava preparada pra ser odiada quando comecei a caçar o cavalo, mas... pelo visto, eles realmente me vêem como uma pessoa desprezível.”

“Também não é pra tanto. ^^0”
“Ah, é? u.u”

"On a mountain she sits, not of gold but of shit
through the blood she can learn, see the life that she
turns
From a council of one
She'll decide when she's done with the innocent"

- by Ryou
- Bravo. A Deusa Atena chegou ao campo de batalha. E agora, irá nos atingir com seus raios de vadia fracassada?

- By Alexia
- Passarinho de merda... Por que não aproveita essa lança pra enfiar no meio do seu—

- By Ryou
- Dá para ver o quanto você é inteligente. Até um cavalo é mais esperto que você. Boa sorte então, espero que morra tentando.

- By Alexia
- Sei. Que além de vadia, mimada e idiota, ainda tem obsessão por coisas idiotas, é vingativa.

- By Ryou
- Seguinte. Você não tá num navio, e também não é uma pirata, apesar de ser idiota também.

- By Ai

Águia: *apontando os quotes acima* Lê lá, lê lá! @_@ Eles me odeiam e querem que eu morra! E ficam mandando eu meter coisas no...
Crocodilo: ^^000 Nossa. Pior que o povo da cidade grande só fala palavrão mesmo...

***

O Pombo dos Ventos e o Cachorro de Fogo vestiam roupas indígenas, mas não estavam envolvidos na festa.

O olhar do primeiro parecia particularmente malicioso naquela noite.

"Sabe, Cachorro... aquele cavalo estúpido bem que podia ter aguentado mais. Esse lance todo de caçada foi bem divertido. Ficar jogando todo mundo uns contra os outros também. E pensar que quando eu cheguei aqui o grupo da Águia só era conhecido por ser um pouco exagerado... não ficou bem mais legal quando eles ganharam fama de terríveis e perigosos?", o loiro de sardas e óculos redondos deixou um suspiro escapar de seus lábios, olhando a lua.

"Você vai pro Inferno.", o moreno alto balançou negativamente a cabeça, em reprovação.

O mais baixo riu.
"Bem, acho que já me diverti o suficiente com minha priminha burra e os amigos dela. Ruural é legal e tal, mas já tá na hora de mudar de escola. Essa história com o cavalo já tá perto do fim, afinal."

"... de novo?", o Cachorro o olhou de soslaio.
Aquela ia ser a terceira vez em dois anos que Lawrence Fennis, o rapaz conhecido aqui como Pombo dos Ventos, mudava de escola depois de causar grandes desentendimentos com suas mentiras e esquemas.

Casais separados, guerras entre gangues, demissão injusta de professores, alunos incriminados por roubos que não cometeram.... nada disso seria novidade no currículo daquele garoto. Mas Bruno, o Cachorro de Fogo, sabia que Lawrence sempre aprontava algo ainda mais terrível para suas "despedidas". E, geralmente, alguém acabava machucado.

"O que você vai aprontar dessa vez?"

O Pombo dos Ventos encarou a lua por um minuto inteiro, parecendo ignorar aquela pergunta. Então, lentamente, um sorriso perigoso surgiu em sua face e foi se alargando de maneira desagradável.

"Mas é claro, Bruno! A data, não podemos esquecer da data! Nosso presente de despedida tem que ser muito especial."

E virou-se para o Cachorro de Fogo, que sentiu um calafrio ao ouvir aquelas palavras.

"Vamos preparar uma fogueira. <3"


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Próximo post do mestre: 11/07, domingo.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Bad Crow Qui Jul 07, 2011 7:30 pm

[Cartas, Mais Uma Vez]

Ao sentir aqueles dois braços tão familiares a abraçando, suspirou baixinho, deixando que os pensamentos difusos se embaralhassem de vez. - Está tudo bem. - disse a Jun sem mudar a expressão, olhando fixamente à frente, embora não estivesse exatamente vendo algo. Já deveria ter imaginado que a companhia de Vanessa exigia aquele pacote japonês junto. Mais um. Devia mesmo ser seu karma atrair orientais com aquele tipo de humor. - Vanessa é uma exceção para mim, então não me importo quando ela está por perto.

A loira mais alta corou, encostando o queixo em um dos ombros de Alexia.
"Assim eu fico sem jeito, no entanto. Mas... fico feliz de ouvi isso.", tentou sorrir, encostando a bochecha lateralmente no rosto da compositora.


Jun, por sua vez, permitiu-se um discreto muxoxo, já que seu rosto não estava sendo observado. Mas seu olhar logo pareceu relaxar, ao sentir a felicidade na voz da filha única dos Soprano.

"Bem... amigas são assim mesmo, não? Bom saber. Fazia tempo que ela não ficava grudada com alguém desse jeito."

"JUN!!! >_< Shhhh!"

"Mas é verdade. u.u"

A inglesa não sabia bem o porquê, mas conseguiu relaxar um pouco diante daquele abraço confortável, como se, internamente, estivesse desejando muito por aquilo. Carinho... não era com o qual estava acostumada a lidar.

Mas era bom.

Permitiu-se um breve sorriso diante do curto diálogo entre aqueles dois, e logo sua atenção mais uma vez se voltou para a majestosa esfera escarlate no céu noturno.

- Alguma previsão nova? - perguntou num baixo tom, semicerrando os olhos. Não é como se aceitasse as previsões de Vanessa como verdades de fato, porém considerava-as interessantes. Algo diferente, apenas.


A Coelha de Algodão piscou, surpresa com aquela pergunta. Coçou a bochecha.
"Eu... não consigo prever nada sem um baralho, mas trouxe um na bolsa. Você quer tirar a sorte de novo?"


- Pode ser. Tem algo me incomodando. - piscou algumas vezes, finalmente se virando para a loira.

Jun ergueu uma sobrancelha, olhando para cima e prestando atenção.

Vanessa, que remexia a bolsa de couro que prendera na cintura, meneia a cabeça ao ouvir aquilo.

"Ainda a história do cavalo negro?"


- Não só isso. Digamos que... eu devo ser a menos envolvida nisso tudo, embora esteja atenta aos movimentos daquela garota pomposa. – Alexia suspirou, levantando-se. Ajeitou um pouco o vestido e adiantou-se alguns passos, cruzando os braços. - Não é como se eu não me importasse com o animal. É só que... Eu estou preocupada com outras coisas. São tantos problemas se misturando, que já não sei mais discerni-los. Isso está me deixando louca. - mantinha a voz um tanto quanto baixa, não demonstrando o sarcasmo ou a irritação habituais de seu jeito de falar.

"... eu... notei que você anda mesmo desanimada.", Vanessa a seguia com o olhar, um bico se formando em seus lábios. "Tava me perguntando quando ia me contar. Não é justo se só eu contar os meus problemas e você não contar os seus, sabia?"

Um riso mínimo e sem humor escapou da garganta da integrante do DayFighterS. Estava tão desacostumada com aquele tipo de intimidade, que sequer lembrava de um dia ter compartilhado suas inseguranças com alguém. Afinal... que inseguranças já teve? Tudo era muito bem trancado dentro de si, e o que jogava lá, esperava ser destruído lá, para que nunca mais precisasse encarar de novo.

- Sabe... qual é o maior problema das pessoas que tentam se fazer de forte? Uma hora elas caem. E quando isso acontece, pateticamente não admitem, e por isso não conseguem mais se reerguer sozinhas. - não dizia isso somente por ela. Tinha a ligeira impressão de que havia mais algumas pessoas em Ruural com o mesmo problema.


A outra loira escutou aquilo com atenção, levantando-se e indo até Alexia em seguida.
"Nessas horas, essas pessoas precisam de uma mão."

E pegou uma das mãos da Fuinha de Sugilita nas suas, carinhosamente. Olhou-a nos olhos de maneira firme.
"E se elas puderem aceitar essa mão, tenho certeza que vão conseguir se levantar. Porque a outra pessoa..."

E tentou sorrir, meio tímida.
"... vai puxar com toda a força que tiver."


Um sorriso fraco se desenhou nos lábios da compositora.

- Você é uma boa menina. - levou a mão livre até o topo da cabeça de Vanessa, afagando-a devagar. - E uma boa amiga. - completou com certa gentileza.

Então olhou para Jun por cima do ombro.

- É melhor você tirá-la daqui. Você já percebeu, não? Algo vai acontecer, e tenho certeza de que não será algo pequeno.


Vanessa pareceu quase ronronar ao receber o carinho, como uma gatinha que também não estava muito acostumada com aquele tipo de contato agradável. Mas então seus olhos se arregalaram.

"... você... também percebeu? Achei que era só impressão por estar cercada de tanta gente... geralmente fico incomodada em multidões, por não poder prever as reações de todos."


Jun gesticulou uma concordância com a cabeça.
"De qualquer forma, se ela estiver comigo, não há com o que se preocupar. Quer que eu chame o Hanz de novo?"

- Não é necessário, se você garantir que vai apenas tirá-la daqui e não vai se meter em nada. - voltou o olhar em direção ao centro da festa onde podia ver alguns de seus colegas da banda dançando em torno da fogueira. - Aqueles ali não têm jeito mesmo e vão se meter se algo acontecer, por mais perigoso que seja. Principalmente aquele babuíno do Ry-- - calou-se rapidamente, cerrando os lábios. Argh, como era horrível só de pensar naquele infeliz. Ainda mais porque aquele idiota era sempre o primeiro a se envolver em problemas.

Não acreditava que ia mesmo confiar nisso, mas...

- Vanessa, por favor, tire minha sorte de novo. É importante.


A Coelha de Algodão engoliu em seco, um tanto preocupada, concordando com a cabeça. Sentou-se na grama e começou a embaralhar suas cartas rapidamente.

(O único problema é que... eu nunca consigo prever algo que faz parte do futuro imediato.)
(No máximo, ficaremos sabendo de algo que acontecerá daqui a semanas ou meses...)
(E ainda tem o risco de eu revelar algo inconveniente... @__@)

Então pediu que Alexia escolhesse 8 delas e as colocasse em ordem, no chão.


Alexia ajoelhou-se à frente da amiga e fez sua seleção como pedido. Ajeitou as cartas e aguardou a resposta de Vanessa. Se sua intuição estivesse certa...

Massageou delicadamente a têmpora. Só esperava que aquele tipo de coisa não revelasse certos detalhes... passados.


[A Sombra e a Luz que existe em cada um dos 4 elementos.]
[As 8 cartas escolhidas ao acaso...que revelam os segredos do futuro.]

Em um aparente transe, a garota começou a falar.
"Você vai voltar pra casa. Queira ou não. Não terá escolha."

"O signo de Peixes roubará algo precioso de você."

"Você... descobrirá...", a garota ficou um tanto vermelha, "... que a pessoa que tanto queria abraçar estava perto o tempo todo."

Meio surpresa com o fato de haver surgido uma frase romântica no meio de revelações aparentemente tão sombrias, a loira coçou a bochecha.
"Ahn... é isso."


Ok, ela e sua grande boca. Ou melhor, seus pensamentos desenfreados. Tinha que dar naquilo. Por que não estava surpresa? E... voltar para casa? Só se fosse amarrada. Não voltaria para aquele inferno. Se voltasse, já sabia a punição que receberia.

E quem diabos era este ser de Peixes que apareceu de novo?

- Por isso nunca confiei naqueles horóscopos bizarros... - resmungou, revirando os olhos e se levantando. - Não quero duvidar do seu talento, mas é um equívoco muito grande dizer que quero... abraçar alguém. - carregou o tom na penúltima palavra, sentindo o rosto esquentar um pouco. - Mas obrigada.

Não é como se fosse se abalar com aquelas previsões. Não tinha porque elas se realizarem, e iria acreditar nisso.


Mas tanto Vanessa quanto Jun sabiam, e isso só fazia o silêncio ficar mais pesado.
As previsões da jovem Soprano se tornavam realidade.
100% das vezes.

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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Xinx Ter Jul 12, 2011 9:25 am

Amy enxugou as lágrimas ao notar a presença do formidável Rocinante e ficou preocupada ao vê-lo tombar.

Quando a discussão entre a Cisne das Sombras e o Jaguar da Grama se iniciou, as palavras começaram a entrar por um ouvido da loira e sair pelo outro. Até que chegou a certo ponto...

Cisne:gosto de rapazes mais novos e...

"Que tia safada! Papa anjo!", exclamou surpresa em sua mente e então começou a rir.

O estudante do segundo-ano olhou de forma preocupada para o alazão caído, cerrando um dos punhos.

Sua gargalhada foi interrompida por um gesto do Jaguar da Grama. Cerrar os punhos talvez tivesse sido seu maior erro.


- Esse gesto com as suas mãos... na minha terra isso não condiz com a sua expressão, meu caro Jaguar. - Amy levantou rápido, sem medir suas palavras. - Para mim, isso quer dizer... "quero apanhar".

Estava tentando proteger o que um dia fora sua caça...


Última edição por Xinx em Qua Jul 13, 2011 9:27 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Cáh-chan Qui Jul 14, 2011 4:45 pm

*~ Ai ~*

Pensando sobre a própria roupa num momento como aqueles... As vezes era realmente uma péssima irmã mais nova.

Ouvindo a voz de Glein, a loira imediatamente levou o rosto, olhando-o e devolvendo o sorriso num ar de animação.

- Humh! Só está tudo um pouco... Confuso, acho. - deu os ombros, aceitando um pouco da comida. - Fora ser um horror usar esse tipo de roupa, claro. - mostrou a língua de leve, numa expressão de desgosto, voltando sua atenção para o moreno.

Talvez não fosse legal falar sobre aquilo com ele, mas...

- Glein, você não acha que... Ryou está agindo estranho ultimamente? - coçou o queixo de leve, parecendo preocupada. - Di-digo... Ele sempre foi o irmão mais velho que tenta se fazer de forte e frio, mesmo como pessoa também... Mas acho que tem algo realmente o incomodando... Já faz um bom tempo que eu não via ele abalado com alguma coisa...

Como se fosse ontem, lembrava-se das poucas vezes em que havia parecido como uma irmã mais velha para o maior. Como uma vez onde o garoto, com dez anos, entrou de madrugada em casa cheio de machucados pelo corpo, com os olhos marejados...

FLASHBACK

- Ryou-nii-chan, o que aconteceu?! - A pequena perguntou desesperada ao irmão mais velho. Havia ficado ali esperando por ele depois de ter um pesadelo onde ele abandonava-a assim como sua mãe.

- Nandemonai yo*. - A voz fria já era bem usual naquela idade. O garoto tentava esconder os próprios olhos com a franja, tentando passar reto pela mais nova.

- Você tá cheio de sangue, como não... Como não é nada?! - Ai bravejou, colocando o maior no sofá. Se não quer falar, tudo bem... Mas eu vou dar um jeito nesses ferimentos! ... Só não sei como...

Quase num milagre, uma pequena risada saiu dos lábios do garoto de cabelos azuis, vendo-a correr para um kit de primeiros socorros de seu pai.

- Eu me viro, sua idiota. Não preciso de ajuda. - tomou aquilo das mãos da mais nova enquanto limpava o sangue do canto de sua boca. - Já devia estar dormindo, se otou-san acordar, vai levar bronca.

- Eu sei disso. - bufou, erguendo a franja do maior e limpando seus olhos num ar levemente emburrado - nii-chan não chora. Ryou chorando não é o nii-chan que eu conheço.

-... Irritante. Não estou chorando. - desviou o olhar, limpando levemente alguns dos ferimentos maiores. Alguns cortes de algo semelhante a uma navalha se deixavam evidentes, mas ele mantinha-os escondidos da visão da garota. - Vá dormir agora, está bem? Se não for, vou chutar sua bunda.

Reclamando baixinho, a loira o obedeceu, indo até o próprio quarto. Em média 30 minutos depois, no entanto, seu irmão apareceu com um semblante ainda mais triste em sua porta.

- Ai... Posso dormir aqui hoje...? - com a permissão da garota, deitou-se ao seu lado, encolhido como um pequeno animal ferido, sendo abraçado pela loira.

- Você arranjou briga de novo?... Não parece de briga com o pessoal da escola.

- ... Eu não consegui salvar um cachorro de rua. - seu tom era triste e sério, enquanto mantinha os olhos fechados, segurando-se um pouco na coberta da menor. - Com ou sem minha ajuda, no final ele morreu. - sua voz começava a falhar, cedendo pelo sono. Ainda era uma criança, no final das contas.

-... Se você tentou, já está tudo bem... Aposto que ele deve ter ficado feliz. - A garota sorriu de leve, fazendo cafuné em seu irmão. Talvez tivesse uma pontada de ciúmes quando os animais recebiam tanta atenção de seu irmão, ao ponto dele esquecer de si mesmo para isso, ainda que fosse... Tão fofo vê-lo disposto a proteger algo.

Fim do flashback

- Talvez ele tenha lutado contra alguém e perdido... Ou perdido algo importante, ou comido alguma coisa que fez mal pra ele...Mas ele normalmente não come muito, então acho que não é isso e... - balançou negativamente a própria cabeça - G-Gomen, Glein, não devia ficar falando sobre meu irmão com você. Esse assunto deve estar chato. Desculpa mesmo, viu? @_@

~* Ryou *~

Tinha uma péssima impressão de alguém estar falando mal dele. Seus olhos correram de leve para o lado, vendo Alexia com Vanessa. É, talvez já tivesse certeza de quem era. Seu olhar correu pelo local, encontrando Amy e uma imagem do já conhecido cavalo, e de outros dois. Rocinante parecia acabado... Aquela "passarinho de merda" realmente estava o fazendo ficar cansado, pelo visto. Não iria se aproximar, mas ficaria de olho caso tentassem fazer alguma coisa para machucá-lo, ou que colocasse Amy em perigo. Confiava que ela podia dar conta de alguém sozinha, mas não sabia o quanto o grupo da Águia de Ouro podia tentar para capturar aquele animal.

----------------------

[ Off: Esto unas dorgas, gomen o post idiota e a demora, voltei ontem de viagem @_@~ e... Erros, me avisem. Preguiça de reler me matando master. *corre* ]

*Nandemonai yo = Não é/foi nada
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Reid_Hershel Dom Jul 17, 2011 9:04 am

Appacho continuava a dançar junto com Isabel e as outras dançarinas, assegurando-se de que Arata não fugiria dali.
Depois de algumas tentativas falhas de flerte, o grandão deu um longo suspiro. Talvez estivesse na hora de pedir umas aulinhas com o Yuri, ele parecia manjar bem disso.

Olhou em volta, procurando encontrar naquele local os rostos dos integrantes do grupo da Águia de Ouro.

"Onde eles estão? Depois dessa tava afim de um briga para desopilar. >_>", murmurou.

Botou sua cachola para funcionar um instante e uma idéia surgiu.

"Vou guardar caixão onde o Rocinante deve estar! Isso! Cedo ou tarde eles devem vir e enfim terei meu duelo. Brilhante, Appacho., soltou uma risada em seguida, como um vilão faria depois de ter sua armadilha pronta.

Iria de encontro com Amy um pouco mais tarde, por hora preferiu ficar dançando com seus amigos mais um pedaço.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por White Sex Jul 22, 2011 10:46 pm

Post em conjunto com o Reid.~ Appacho, o psicólogo do DayFighters. -q
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==
=

A cor pareceu sumir do rosto de Arata quando seu amigo Appacho falou que iam dançar. Tanto que quando o mais alto o arrastou consigo, o baixista não sentia forças em todo o seu corpo, até tremia por todos os lados, com uma expressão de terror na sua cara.

Quando chegaram à fogueira, Arata dançava completamente atrapalhado, sem saber o que fazer. O calor parecia ter revivido a corrente sanguínea do rapaz, pois seu rosto agora estava bem vermelho. Ele não queria estar ali, era demasiado embaraçoso! (<- você toca num palco para um monte de gente e dançar à volta de uma fogueira é embaraçoso? u.u')

Foi então que reparou numa das garotas que dançavam ali. Isabel...estava ali junto com eles. Seu coração logo falhou uma batida, obrigando o baixista a desviar o rosto e tentando impedir que cruzasse olhar com ela. Queria sair dali. TINHA de sair dali...

Agarrou no ombro de Appacho, engolindo em seco.
- A-A-Appacho-san!...Eu preciso falar com você...acerca de algo. - Encarou-o sério. - E-Então por favor vamos sair daqui!! >__< - E agarrou no seu braço, o arrastando para longe da fogueira.


Appacho, que estava a dançar, virou logo o rosto quando seu colega o chamou pelo nome.

“Diga! Diga, meu caro amigo.”, respondeu o grandão, achando eu se tratava de algo trivial.
Mas acabou por tomar um susto quando Arata sugeriu se afastarem do local.

Deixou-se ser conduzido, ainda confuso.

“Ué, algo te incomodando? u.u”, perguntou, enquanto ainda estava sendo arrastado.


Timidamente, acentiu com a cabeça, respondendo à questão do amigo. Ao chegarem perto de umas árvores, soltou Appacho e se sentou no chão.
- É...sobre algo que aconteceu no outro dia, Appacho-san. - Suspirou. - E estou preocupado. - Levou a mão aos cabelos, desviando o olhar para a fogueira de onde tinham fugido.


O grandão coçou a nuca. O que diabos poderia ter acontecido com seu amigo? Será que fora abduzido por ETs estranhos que querem descobrir nossas fraquezas para tomar o planeta? Soa plausível, mas descartável pois não haviam sinais estranhos no milharal.

“E... o que aconteceu, Arata?”, demonstrava uma ligeira preocupação, esperando que não fosse nada tão grave.


Suspirou. - Se sente, Appacho-san.

Engoliu em seco e tossiu um pouco, limpando a voz e o encarando sério.
- No outro dia eu e a Isabel fomos passear pela cidade, visto que não havia ninguém no hotel e estavamos entediados. A situação acabou por se tornar bem tensa quando tivemos de lidar com um ladrão.

O baixista baixou o olhar para o chão.
- Graças àquele sacana...Isabel esteve em perigo de ser atropelada. Eu felizmente consegui empurrá-la e tirá-la do meio da estrada mas...

- ...Acabei por a beijar. - Bateu com as duas mãos no próprio rosto.


Obedeceu o amigo e sentou. Quando este o encarou sério, fazendo suspense com aquele tosse, uma gota de suor escorreu pela sua face.

“É agora!! E-ele vai dizer: “Eles chegaram. E estão prontos para dominar o planeta.”” , pensou o moreno de forma dramática.

Escutou atentamente a explicação do amigo.

“Ladrão? u__u Ahh, cretino!”

Seu queixo caiu quando Arata terminou.

“...”, deu um tapa em si mesmo para se recobrar.

“Caralho!! Que irado, foi o beijo mais louco que já ouvi. Pô, parabéns, Arata.”, estava realmente impressionado com aquilo. Preocupou-se em saber que os dois correram perigo, mas como os dois estavam bem, havia mais o que comentar sobre esse último incidente.


Arata piscou os olhos, se surpreendendo com a reacção do amigo.
- Não é motivo para dizer parabéns Appacho-saaan! Isto é mau! Muito mau!! - Agarrou seus cabelos pretos. - Eu beijei uma colega de trabalho! OU MELHOR, AMIGA! Ç__Ç UMA AMIGAAAA! Como é que eu vou conseguir falar com ela normalmente após o sucedido?! COMO VOU CONSEGUIR A OLHAR SEQUEEEER?! - Puxava os cabelos resmungando, enquanto dramatizava a situação complicada.


Ouviu a dramatização do garoto, massageando a testa.

“Não vejo mal nisso, ué. Meu primeiro beijo foi com uma amiga até.” (O único diga-se de passagem. u.u <= Appacho: Calado. U__u##)

“Não esquenta com isso. Mas, estou curioso para saber a reação de Isa após o beijo.”, levou a mão ao queixo. Precisava saber desse detalhe para poder dar um melhor conselho ao amigo.


- Mas então! Pode reagir bem ou mal! E se ela reagir mal? E se ela me odiar agora?! Argh! - E bateu com a cabeça na árvore.

Soltou um longo suspiro, olhando para a textura do tronco.
- Eu não consigo falar com ela depois disto...nem lhe dirigir o olhar.


“Ei, não a cabeça!! Ouch.. >__<00”, exclamou ao ver o rapaz acertar a árvore.

Soltou um longo suspiro.
“Arata, olhe pra mim. ”, falou, olhando bem sério para o integrante da DayFighterS e pegando em seu ombro.

“Lembra do que eu lhe falei no primeiro dia de aula? Pra você ter confiança. Então confie que tudo ficará bem, eu lhe garanto. Ele nem estará brava. Vai ver até gostou.“


Ele encarou o amigo quando este o chamou. Sentia um aperto no coração.
- Só que há outro problema Appacho-san... - Suspirou.

- Eu...estou apaixonada por uma garota, que já não vejo à imenso tempo. Me juntei ao DayFighters com o objectivo de enviar minhas mensagens pela minha música, com a esperança que ela me ouvisse. Até hoje, nada.

- E, bem... Meu primeiro-beijo foi para a Isabel, que é uma amiga... E não com a garota que amo... - Passou a mão pela testa. - Minha cabeça na verdade está uma grande confusão...


O som da cabeça de Arata atingindo algo fora ouvido mais uma vez.
Um cascudo.

“E essa garota sequer sentia algo por você? Se não, pra quê ficar preso ao passado, meu amigo?”, cruzou os braços.

“Isso pode doer um pouco mas não acha que ela pode estar já com outro rapaz a essa hora e nem pensar mais em ti? Erga-se, meu nobre amigo. Tá na hora de passar a bola pra frente.”


Arata ficou com uma expressão triste e depressiva, olhando para o lado.
- Eu...nunca cheguei a me declarar a ela. No dia que ela partiu da minha cidade, é que lhe entreguei um ramo de flores com um cartão falando de meus sentimentos. Nunca soube sua resposta.

- É por isso que estou tocando na banda Appacho-san. Para ela saber onde estou, para que ela possa me dar uma resposta. Sem saber de nada, não posso avançar em frente.


“E se essa resposta nunca chegar? Coisas como essas só costumam dar certo em contos de fada.”, deu outro suspiro.

“Você deveria amar uma garota que estivesse mais presente em sua vida, alguém com que você se sentisse bem perto dela. Não ficar num amor que não se sabe se é correspondido.”


Ele ouviu a resposta de Appacho com atenção, olhando para Isabel ao fundo.
- ...Talvez...você tenha razão...


O grandão esboçou um sorriso, dando uns tapinhas nas costas do amigo.

“Reflita sobre tudo isso. Pense no que te deixa mais feliz, no que você realmente quer.”

“Seja o que você escolher. Saiba que pode contar com meu apoio.”, exibiu um polegar.


Sorriu.
- Obrigada Appacho-san. Sabia que podia contar com seu apoio. Desculpe se o incomodei... - Coçou a cabeça.


“Incômo nada. Foi um prazer conversar.”, devolveu o sorriso.

“Vá lá e quebre esse clima tenso. Converse com a Isa.”. deu fracos empurrões, mandado o garoto voltar para a fogueira onde a ruiva e outras garotas dançavam.

“Eu agora preciso falar com Amy.”


- Ah! E-Eu...vou tentar. - Uma gota surgiu na sua cabeça, seu coração acelerando.

- Hm...*SD* Appacho-san vai ser nosso psicólogo. - Falou para o amigo, rindo, antes de se dirigir de volta para a fogueira.


Appacho riu com o comentário do amigo.

“Quem sabe... talvez levo jeito pra isso.”, comentou animado, seguindo na direção oposta.

Amy deveria saber como achar o Rocinante. E onde o cavalo estiver é possível que um certo grupo também apareça.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Bad Crow Qua Ago 24, 2011 11:04 pm

[Linces]

O rapaz de cabelos negros escutou a loira com atenção, meneando a cabeça de leve enquanto procurava Ryou com o olhar.

Sorriu de modo gentil quando ouviu a garota se desculpar.
“Shhh. Não tem problema. Ryou é sortudo de ter uma irmã que se preocupa tanto com ele.”

O baterista tocou abraçou os joelhos por um momento.
“Você sabe que fui criado numa fazenda, então meio que entendo a preocupação dele com os animais. Penso parecido. Mas não sei se ele está esquisito assim só por causa do Rocinante.”

Então se virou de lado, tocando o queixo dela com o indicador e o polegar, carinhosamente.

“Mas... se alguém pode descobrir o que ele está pensando e ajudá-lo... você não acha que é a pessoa mais indicada, Ai?”, perguntou, estreitando os olhos em seguida. “Se bem que numa coisa você está certa. Não é do vocalista do DayFighterS que eu quero saber agora.”

Aproximou o rosto lentamente dos lábios da ginasial, beijando-a sob o luar.
Os tambores pareciam aprovar o gesto.

***

A testa do nativo de Ruural se franziu quando o rapaz escutou as palavras de Amy, e ele ergueu uma sobrancelha, encarando-a.

“Tá louca, Garsa? Nós estamos do mesmo lado, lembra?”


A Cisne das Sombras foi a primeira a notar. Virou a cabeça subitamente, farejando algo no ar. O Rocinante foi o segundo, um pequeno som de surpresa escapando da boca eqüina.

Cheiro de queimado.

".....", uma careta se formou no rosto da professora.

Não se sabe de quem foi o primeiro grito, mas o pânico logo se espalhou como uma doença contagiosa. Gritos, correria, medo.

O casarão da Turma Especial do colégio Gynasial, que ficava logo ao lado de onde a comemoração acontecia, estava em chamas.

***

O Coelho da Chuva deu um salto, colocando-se de pé. Virou-se para Alícia.
"Meu pai! Vou buscá-lo!"

Não precisava explicar mais nada, afinal, a garota sabia que o colegial era filho de um dos melhores médicos do condomínio fechado. O loirinho saiu em disparada, sua velocidade se mostrando bem útil naquela situação.

***

Habashira Jun puxou Vanessa pela mão, pigarreando de forma impaciente. Olhou para Alexia.

“Começou, pelo visto...”


Aquela seria uma longa noite.

===
==
=

Os posts de vocês não precisam começar do ponto onde o incêndio começa. É possível voltar um pouco no tempo para acrescentar mais acontecimentos/conversas.

Próximo post do mestre: domingo, 28/08.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Reid_Hershel Sex Ago 26, 2011 9:28 am

Appacho andava pelo ambiente cantarolando, na esperança de encontrar sua colega e o cavalo.
Porém, sentiu um cheiro peculiar, bem desagradável por sinal. Virou-se para trás procurando saber do que se tratava quando finalmente viu o casarão em chamas.

O susto do grandão fora enorme. A um minuto atrás estava tudo nos trinques, mas agora...
Bateu de leve no rosto com as mãos para se recobrar do choque.

Rapidamente, seu intelecto avançado percebeu a situação que se desenrolava.
"D-Dragões invadiram Ruural... E não vão parar até levarem o cavalo!"

Estava preocupado com Arata e Isabel, que acreditava estarem mais próximos de onde o incêndio estava acontecendo.

Sem pensar mais, o tecladista partiu atrás de seus amigos, correndo o máximo que podia.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Xinx Dom Ago 28, 2011 12:57 am

Amy Cloud encarava o jaguar com a cara amarrada.

- Quem caça a minha caça, é concorrente, concorrentes nunca estão do mesmo lado, ainda mais quando querem aproveitar da desvantagem em que sua presa está.

Ao ler a legenda do que Rocinante dizia, Amy mexeu o nariz, farejava... Realmente, fumaça. E não era da fogueira.

- Não te entendo Rocinante... Porque faz isso? - Olhando para o casarão em chamas.

Olhos nos olhos do Jaguar, e correu junto de Appacho.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por White Dom Ago 28, 2011 10:28 am

Arata estava junto à fogueira esperando a música terminar para que pudesse falar com Isabel sem interromper a dança dela. Até que começou a ouvir gritos e as pessoas a seu redor começaram a surtar. Foi então que observou o casarão da sua turma em chamas.
Viu um rapaz loiro correndo para o local, não conseguindo identificar quem era. Não pensou duas vezes antes de falar, apenas queria ter a certeza que ninguém estava lá dentro, e que aquela pessoa não se magoaria.

- Se acalmem todos e fiquem juntos! Não se dispersem! Eu vou verificar se está lá alguém!! - Gritou, antes de correr em direcção ao casarão.

Off: Go Arata, vais-te matar. '-' *apanha* (Porque eu sei que algo vai-se passar. =3= I can feel it.)
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Hikari~* Ter Ago 30, 2011 10:38 pm

Confusão. Não era a toa, afinal algo queimando em tamanha proporção não só chamava a atenção como também causava desespero geral.
E aquele pânico coletivo fez com que duas pessoas despertassem de suas respectivas distrações.

Vejamos...

Dançar era sempre tão agradável! Trazia uma sensação de paz como poucas, ainda mais naquele ritmo misterioso tão envolvente. Não demorou muito para aprender a coreografia que as garotas nativas já faziam, e mesmo quando errava um passo ou outro, apenas sorria e continuava.

E estava tão envolta no ritmo, que sua mente parecia estar em outro lugar. Nas coisas boas que vivenciara até agora, nas lembranças que cultivava com carinho e que a enchiam de força todos os dias. Talvez por isso, quando o pânico se instalou, demorou a percebê-lo.

- Céus! o_o - tapou a boca com as mãos, arregalando os olhos um tantinho. Começou a olhar em volta, procurando por uma mangueira, balde, qualquer coisa. Precisava fazer alguma coisa para ajudar a conter aquele incêndio. E seus amigos...!! Onde estavam? - Alícia!! - chamou, ainda girando no mesmo lugar em busca de um sinal da irmã. E estava prestes a correr em alguma direção quando viu a última coisa que esperava: Arata prestes a entrar no casarão.


~

Um clarão, e todos os seus pensamentos se dispersaram. Já estava com dor de cabeça de tanto pensar e pensar e pensar e não chegar a lugar nenhum. Os últimos meses vinham sendo infernais por conta disso. Isso nunca acontecera à ela antes, e do nada... Frustrante, muito frustrante!

Os olhos pousaram com certa calma até no casarão em chamas. Só então voltaram-se para Jun e Vanessa ao ouvir o rapaz, e Alexia assentiu com o que ele disse.

- Fiquem bem. Eu falo com vocês depois. E... - dessa vez, o olhar intenso era unicamente para a outra loirinha. - Obrigada. - e saiu correndo em direção à origem do tumulto.


~

E é aqui que nossas cenas se unem.

- Isabel!! - Alexia a chamou, lutando contra a onda que corria desesperadamente para longe do fogo. - Você sabe onde estão os outros?

A ruiva meneou a cabeça, mas murmurou fracamente, apontando para o casarão.

- Arata... Arata foi para lá.

- O que?! Argh, será que não tem mais ninguém com cérebro nesse grupo?! - deu-se um facepalm, bufando baixinho. Desfez o laço do cocar que estava usando e o jogou num canto. - Eu vou até lá arrastá-lo de volta! - e sem dizer mais nada, Alexia disparou para a enorme construção também.

- Ale...! - Isabel ainda esticou o braço numa menção de impedir a amiga, mas já era tarde demais. Mordeu o lábio inferior em dúvida. Precisava saber se sua irmã estava bem, mas... Arata... E agora até Alexia! Eles corriam muito mais perigo assim! Levou os punhos ao peito, rezando baixinho. - Alícia, maninha, por favor... esteja bem longe daqui. E segura, por favor!

E após isso, correu, seguindo Alexia.
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Cáh-chan Ter Ago 30, 2011 10:45 pm

~ * Ai * ~

Glein realmente conseguia acalmá-la diante daquela situação, desde com os gestos até com as palavras... Imaginar Glein novamente numa imagem de criança de fazendeiro a fez dar um sorriso.
Ai olhou levemente para baixo, pensativa. Realmente era ela que deveria conseguir descobrir e resolver aquilo... Mas seu irmão sempre se afastava tanto quando algo parecia incomodá-lo! Quando seus olhos visaram os do moreno para questioná-lo sobre o que exatamente ele gostaria de saber naquele momento, sentiu os lábios colados aos dele. Seu rosto tomou um leve rubror, tocando o rosto do outro e, cuidadosamente correspondendo ao beijo deixando os olhos se fecharem.
Talvez pelos sons do tambor, ou pela luz que os banhava do céu noturno, mas aquilo deixava o ar incrivelmente mais doce e calmo... E deixar um pouco seus pensamentos se esvaziarem para se concentrarem no baterista.

................

O tempo ia se passando, até que sentisse o cheiro de queimado e o escândalo que se instalava pelo local, de acordo com a correria. A loira piscou varias vezes, olhando para Glein confusa, olhando na direção do casarão.

- O que...! Glein, organize o pessoal e saiam daqui, eu vou ver o que diabos está acontecendo lá, e se tem alguém preso! - falou calmamente, dando um beijo na bochecha do moreno e se levantando para ir na direção do casarão, a procura de qualquer ferido.

~ * Ryou * ~

Abaixou o olhar na direção de Silver assim que sentiu o cheiro da fumaça, desviando o olhar para conferir que o casarão pegava fogo. Semicerrou os olhos.

- Silver... - chamou a pequena, quase como se a avisasse de que faria algo. Seus pés pararam antes que corresse em direção ao incêndio para verificar se alguém havia se machucado. Mas queria se certificar que um outro 'alguém' não correria riscos naquele tipo de situação - O Rocinante... - Mordeu o canto do próprio polegar, ajeitando a fuinha em seus ombros, correndo em direção ao cavalo, certificando-se de manter a fuinha segura ali.

Parou os próprios passos apenas ao se aproximar do animal, retomando a respiração normal calmamente.

- Consegue fugir? - o vocalista perguntou, sem fazer movimentos bruscos com o animal, porém atento apenas a ele. O resto do grupo provavelmente estaria longe daquele lugar... Certo? Ao menos, não havia motivos para algum deles estar lá... Eles deviam ter no mínimo um neurônios para mantê-los em segurança...

Ao menos era assim que pensava...

----------------------------------------

[Off: Fail. Sorry, gente @_@ *sai correndo pra ir dormir* ]
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[15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais  Empty Re: [15/06/06] Fogueiras, Danças e Rituais

Mensagem por Bad Crow Qua Set 14, 2011 10:27 am

O vulto usava um enorme cocar e roupas indígenas chamativas. Parecia um cacique ou um xamã. Seus olhos vermelhos absorveram rapidamente a cena que se desenrolava, e seus braços logo foram posicionados acima da cabeça.

Izanagi Katashi se espreguiçou.
Finalmente aquela festa chata tinha ficado interessante. Hora de acordar.

“Oe, oe. O que eles pensam que estão fazendo? =_= O meu trabalho não é justamente mantê-los longe dessas encrencas? VOLTEM AQUI, MERDA! U_U”

O rapaz alto saiu correndo atrás dos integrantes da banda DayFighterS. Saltou sobre um cavalo branco que estava dando sopa por ali (Meteoro de Pégasus: @__@? *relinchando em SD*) e os alcançou com a ajuda do veloz animal, os cabelos negros balançando ao vento enquanto galopava apressadamente.

O guarda-costas se colocou na frente de Arata, Alexia, Ai, Amy, Isabel e Appacho. Meteoro de Pégasus ergueu as patas da frente, elevando-se sobre o grupo e forçando-os a parar com o susto.

“Vocês são bombeiros, por acaso? =3= Quem for, pode passar. Quem não for, fica aqui. E não vale mentir, Amy! u_ú”, desceu do cavalo com um movimento exagerado. “Alexia, põe juízo na cabeça desse povo. Só precisa de uma pessoa pra ver se tem alguém lá dentro, e o meu trabalho é ficar com essas partes perigosas. Hunf.”

A careta de Nagi deu lugar a uma expressão mais séria e calma.
"... a entrada ainda não tá pegando fogo.", apontou o casarão com um movimento de cabeça. "O que quer dizer que o incêndio começou nos fundos. Se vocês querem tanto assim se arriscar..."

Se virou de costas para eles, cruzando os braços.
"... aproveitem que eu estou distraído, olhando em outra direção... e vão lá procurar quem fez isso. Fogaréu súbito assim geralmente é proposital. E o culpado não deve ter ido longe."

Um guarda-costas que entendia que proteger completamente aquele grupo teimoso era uma tarefa impossível e, tendo isso em vista, deixava-os ao menos com a opção menos perigosa. Um acordo não dito. Um pedido sincero.

"Deixa que eu vejo se tem alguém lá dentro. Vocês pegam o culpado e enchem ele de porrada. Ok?"
Nagi ergueu uma das mãos num aceno fraco, derrubando a porta de entrada com um chute e sumindo por entre a fumaça logo em seguida.



***

Com uma incrível desenvoltura para sua idade, Glein Gottwald ajudava os professores e funcionários no processo de evacuação do local, gritando instruções e acalmando aqueles que demonstravam exagerado nervosismo. Era auxiliado pelo Búfalo de Opala, que, com seu grande corpo, ajudava a carregar para longe dali as pessoas que tinham ficado paralisadas pelo medo.

Apesar da aparente calma do ginasial, no entanto, seu coração batia a mil por hora. Seus olhos castanhos-claros teimavam em olhar na direção do casarão. Se perguntava se seus amigos estavam bem.

(Não façam nenhuma besteira, pessoal... por favor.), mordeu o lábio de leve.


***

Aqueles que seguissem a orientação de Nagi e dessem a volta no imóvel em chamas logo avistariam uma dupla conhecida sentada calmamente debaixo de uma árvore próxima.

O Cachorro de Fogo parecia meditar, os olhos fechados, as pernas e os braços cruzados.
O Pombo dos Ventos observava o incêndio com um encanto infantil capaz de causar calafrios.

Ao notar os recém-chegados, o loiro sorri, as sardas de seu rosto parecendo se mover em suas bochechas com a claridade alaranjada causada pelo fogo.

"Fogueiras não são maravilhosas? ~"


Hora do acerto de contas.


***

Aqueles que decidissem voltar e ajudar com a evacuação, paralelamente, teriam outra surpresa.

O Jaguar da Grama ainda estava boquiaberto com a lógica (ou falta da mesma) da Garsa de Prata. Antes mesmo que pudesse responder ao que ela falava, no entanto, a garota saiu correndo em direção ao casarão.

E, poucos segundos depois, o Lobo de Gelo chegou igualmente apressado, preocupado com o Rocinante. Ouvindo a pergunta do rapaz de cabelos azulados, o colegial de olhos verdes suspirou.

"A resposta não é meio óbvia, Lobo? Tá na cara que ele está esgotado."


Cisne das Sombras: Yep, sem chance. ^^0
Jaguar da Grama: u_u0 Você não devia estar ajudando na evacuação?
Cisne: Mas sinto que algo interessante vai acontecer, se eu continuar aqui. o.o~
Jaguar: Mmm? u_u

Três cavalos chegaram correndo e cercaram rapidamente o grupo, todos erguendo-se sobre as patas traseiras e relinchando agressivamente. Três cavaleiros dirigiram seus olhares determinados - praticamente cortantes - ao alazão negro que ali estava deitado.

O Crocodilo de Safira. O Hiena de Couro. A Águia de Ouro.

"... achei você.", a garota de cabelos rosados murmurou, mordendo o lábio e cerrando um dos punhos.
(Finalmente... finalmente tudo isso vai acabar, papai!)


O Jaguar da Grama cerrou os dentes, abrindo os braços, como se protegendo o Rocinante de um eventual ataque.
"Águia...!"


["Essa é a minha filha, Jaguar.", o homem de longos cabelos negros sorriu. "O nome dela é Águia de Ouro. Ela ainda é novinha e tem medo de montar. Então ajude-a sempre que puder."]
[A garotinha de 6 anos de idade escondia-se atrás das pernas do pai, tímida.]
[O garoto de 7 anos de idade tentou sorrir, acanhando.]
["Sim, Mestre!"]

Uma cena nervosa, em que o ar parecia mais pesado.
A Cisne das Sombras sorriu, satisfeita, com seu jeito calmo de sempre.
"Não falei? <3"

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Próximo post do mestre: sábado, 17/09.
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Mensagem por Reid_Hershel Qua Set 14, 2011 1:24 pm

Appacho estava a caminho do casarão quando fora surpreendido por um cavalo familiar e, montado no mesmo, Izanagi. Quase caiu para trás. Aquela era uma combinação inesperada, no mínimo!

Ao escutar as palavras de Nagi, o grandão olhou mais uma vez para o imóvel em chamas. Era bom ver que seus companheiros não estavam dentro dele. Sim. Tinham se precipitado, sem dúvidas.

Deu um grande suspiro, mostrando um certo alívio.

"Bom, eu vou ficar para trás, gente. Vou voltar e ajudar o pessoal na evacuação. Meu tamanho pode ser útil pra carregar os outros.", falou, num tom de voz sério. Era raro vê-lo demonstrar esse tipo de maturidade.

Olhou para o rapaz montado.
"Tome cuidado, Nagi.", estendeu um polegar.

Sem mais demoras, tomou o caminho de volta, procurando ajudar as pessoas que via no caminho a se afastarem daquele incêndio.

***

Continuou a ajudar as pessoas a fugir, sempre tentando evitar que ficassem em pânico.
"Corram por suas vidas!!! Dragões invadiram Ruural!! U__U VAMOS TODOS MORRER!!!"
Figurantes: Ç___Ç!!! *correndo para longe, mais desesperados do que nunca*

***

Pouco tempo depois, viu Ryou e o Jaguar. Decidiu ir ver como os dois estavam, mas logo notou a aproximação de três indivíduos montados em seus próprios animais. Não chegou a ouvir o que conversavam, mas os reconheceu. Era a tal da Águia e seus capachos.

O grandão sorriu. Sorte grande! Cerrou um dos punhos. Hora de um pouco de ação.
Apressou o passo para alcançar seu companheiro de cabelos azulados. Olhou para a machadinha de madeira que carregava, focando-se em seguida no bando da Águia de Ouro.

Esperou chegar numa distância apropriada e resolver agir, dando uma pausa em sua correria para poder mirar. Formando um arco com o movimento de seu braço, o tecladista arremessou sua arma contra o alvo mais próximo, o Crocodilo de Safira.

"Chupa essa!! MACHADO BUMERANGUE! U_U", pensou alto,voltando a correr.
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